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Publicada em 16 de Janeiro de 2025 às 18:50

Primeira quinzena de 2025 é marcada por altas temperaturas e pouca chuva no RS

Sensação de abafamento seguirá na segunda metade do mês, mas chuva ocorrerá com mais frequência

Sensação de abafamento seguirá na segunda metade do mês, mas chuva ocorrerá com mais frequência

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
Embora a chuva tenha atingido diferentes municípios na tarde desta quinta-feira (16) - inclusive Porto Alegre, que registrou queda de granizo -, a primeira quinzena de 2025 foi marcada por altas temperaturas e pouca chuva no Rio Grande do Sul. Em decorrência da estiagem, três cidades decretaram situação de emergência: Arvorezinha, Santa Margarida do Sul e Manoel Viana.

Durante o período, os municípios, principalmente da parte Oeste do Estado, não registraram chuva ou os acumulados ficaram próximos de zero. De acordo com a meteorologista Estael Sias, da MetSul Meteorologia, este é o caso de Uruguaiana, São Borja, Itaqui, Caçapava do Sul, São Gabriel, Cruz Alta, Lajeado, Chuí, Camaquã, São Lourenço do Sul, Canguçu e Rio Grande.

Os termômetros também registraram altas temperaturas em janeiro. A máxima foi registrada em Porto Alegre, nesta quinta, com 35,1°C. “A chuva, no entanto, ocorreu em municípios principalmente da metade Norte”, destaca Estael. Cidades como Frederico Westphalen, Palmeira das Missões, Ijuí, Passo Fundo, Erechim, Três Canoas, Vacaria, Cambará, Canela e Alto Feliz registraram chuva nos últimos dias de forma irregular. O mesmo ocorreu em áreas do Vale do Rio Pardo.

Segundo a meteorologista Cátia Valente, da Sala de Situação do governo do Estado,
“essa instabilidade é típica de verão, formada por altas temperaturas e umidade, principalmente, na parte Leste do estado”. De acordo com ela, a umidade associada ao calor é o que favorece os temporais, que geralmente ocorrem durante a tarde e o final do dia.

Na parte Leste do RS, a chuva ocorreu de forma mais regular, enquanto no Oeste, a massa de ar é mais seca. A umidade na região é oriunda da parte central do Brasil. No entanto, conforme a meteorologista Cátia Valente, “nessa época do ano, ela permanece no centro do País”. Um dos fatores que favorece a condição é o La Ninã.

Os últimos foram de chuvas fortes para o estado vizinho, Santa Catarina. Nesta quinta-feira (16), a prefeita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan, decretou estado de emergência no município. “O que aconteceu em Santa Catarina foi um evento extremo, uma inundação repentina, com 180 mm, durante o período de três ou quatro horas”, explica Cátia. Esses eventos extremos também podem ocorrer no Rio Grande do Sul, mas ainda “fica difícil dizer em qual região exatamente”, complementa.

Apesar da chuva nesta quinta, os próximos dias seguirão marcados por altas temperaturas e umidade no Estado. “As pancadas de chuva serão mais recentes, o que irá ajudar as lavouras, mas, por outro lado, poderá trazer riscos e transtornos em áreas urbanas, com rajadas de vento e chuva forte”, explica a meteorologista Estael. A sensação de abafamento seguirá na segunda metade do mês. O calor extremo tende a diminuir apenas a partir do dia 20 de janeiro.

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