Na última segunda-feira (2), uma operação coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), resgatou três trabalhadores argentinos de condições análogas às de escravo em Arvorezinha, no Rio Grande do Sul. Os imigrantes estavam sendo explorados na colheita de erva-mate para uma indústria local. As informações são da Superintendência Regional do Trabalho do RS.
Os trabalhadores foram encontrados em uma edificação abandonada, que anteriormente funcionava como escola municipal. No local, uma pequena sala de aula foi improvisada como dormitório e cozinha. As condições eram precárias: não havia chuveiro no banheiro, nem geladeira para a conservação de alimentos. Os trabalhadores dormiam em colchões no chão e utilizavam mesas escolares como apoio para o preparo das refeições.
Além das condições insalubres, os trabalhadores não possuíam autorização para trabalhar no Brasil, nem registro em carteira de trabalho, CPF ou qualquer documento legal que garantisse seus direitos. Dois deles sequer sabiam ler e escrever, o que aumentava sua vulnerabilidade.
Após o resgate, os trabalhadores receberam as verbas rescisórias e tiveram o custo do retorno à Argentina garantido pelas autoridades. O MTE também assegurou a emissão de três parcelas do seguro-desemprego a cada um dos resgatados.
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