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Publicada em 21 de Novembro de 2024 às 18:22

Projeto realiza teatro com crianças em tratamento de alta complexidade em Porto Alegre

Cerca de 300 crianças participaram da iniciativa no Hospital Santo Antônio, em Porto Alegre

Cerca de 300 crianças participaram da iniciativa no Hospital Santo Antônio, em Porto Alegre

Fabrine Bartz/Especial/JC
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Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
Com objetivo de trazer as crianças em atendimentos de alta complexidade para a realidade de forma lúdica, o projeto Laboratório Encantado, da empresa Mina Cultural, de São Paulo, acontece em Porto Alegre até esta sexta-feira (22). Realizado no Hospital da Criança Santo Antônio, a iniciativa atendeu cerca de 300 crianças ao longo desta semana.

A programação tem a ciência como fio condutor em todas as atividades, que vão desde peças teatrais a oficinas. O espetáculo apresenta a história de duas “crianças que estão no intervalo da escola e entram em um laboratório e viram cientistas”, conta a diretora de produção, Maysa Lepique. De acordo com ela, “é um convite para as crianças que estão assistindo virarem cientistas, mostrando que o estudo também pode ser uma fonte de brincadeira”.

O teatro conta com os atores Luizinho Beltrame (Xu), Rafael Francisco e Thaís Moraes da Companhia Pia Fraus, reconhecida por prêmios nacionais e internacionais. Para atender crianças em estado clínico delicado, a peça pode ocorrer em formatos diferentes. Durante a semana, o projeto circulou tanto por salas direcionadas para atividade quanto em leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Peça pode ocorrer em diferentes formatos respeitando os tratamentos | Fabrine Bartz/Especial/JC
Peça pode ocorrer em diferentes formatos respeitando os tratamentos Fabrine Bartz/Especial/JC
Com apenas 10 anos, a pequena Alexia Alana Fontoura Guedes já se considera “vip”. Na tarde desta quinta-feira (21), ela assistiu a peça pela quarta vez. “É muito importante para as crianças conseguirem seguir o tratamento. Gosto muito de falar e de ganhar os presentes no final”, afirma Alana.

A pequena se refere ao Kit Ciência. O projeto deixa para cada criança uma mochila com o livro “Laboratório Encantado”, produzido para a ação pela editora Evoluir, além de materiais para realização de atividades e aprendizados das oficinas. “É uma iniciativa espetacular, traz o lúdico e tira o foco da doença. O hospital sempre tem atividades e quando eles podem interagir é ainda melhor”, considera a mãe de Alana, Cristiane Silveira Guedes.
Com apenas 10 anos, Alexia Alana Fontoura Guedes já se considera "vip" da peça | Fabrine Bartz/Especial/JC
Com apenas 10 anos, Alexia Alana Fontoura Guedes já se considera "vip" da peça Fabrine Bartz/Especial/JC


Desde o começo do tratamento, ainda aos dois anos de idade, Alana foi atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto foi criado em 2018 justamente para hospitais públicos ou com atendimento pelo SUS. Porto Alegre é o último destino da equipe neste ano e conta com patrocínio da Air Liquide. A ação já percorreu Salvador, São Paulo, João Pessoa e Manaus.

Esta é a segunda edição do projeto desenvolvido por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Em 2023, a peça chegou a 2 mil crianças hospitalizadas em diferentes cidades. O Hospital da Criança Santo Antônio, que atende 150 pacientes atualmente, conta com atividades lúdicas ao longo do ano.

“Para nós, faz toda diferença recebermos ações como esta. Durante o ano, são realizadas atividades voltadas à Semana Farroupilha, mês das crianças e Natal, mas receber essas ações externas motiva demais. Alguns estavam sem comer, assistiram a peça e voltaram a ficar motivados”, explica a supervisora da assistência lúdica, Melissa Assmann Saraiva, do Hospital Santo Antônio.

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