Com a intenção de coordenar as obras de recuperação e construção de sistemas de proteção das cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre contra enchentes, o Consórcio Metropolitano Granpal protocolou o seu interesse junto ao Ministério da Reconstrução do Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (22). Até o momento, o grupo de prefeitos compete apenas com o governo do RS na gestão e execução dos projetos.
Segundo o presidente do consórcio, Marcelo Maranata, os representantes de cada um dos 20 municípios têm todas as condições necessárias de dar andamento aos planos já estabelecidos, agilizando as licitações e o acompanhamento dos recursos para o PAC. “A gente leva essa opção de escolha ao governo federal, que disponibiliza mais de R$ 8 bilhões para esse fim. A gente não teve acesso à proposta do governo estadual, mas sabemos que ele já está com muitas demandas no Estado inteiro”, afirma o dirigente.
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A ideia do grupo é trabalhar nas propostas já aprovadas para a execução das obras de reestruturação, de reconstrução, dos diques de proteção, de malhas viárias e de bombas na Região Metropolitana. Maranata destaca que, inicialmente, o objetivo é trabalhar nos projetos que envolvem Arroio Feijó, Eldorado do Sul, Gravataí 1 e 2 (margem direita e esquerda) e Rio dos Sinos. “Se possível, queremos incluir o Alto Sinos, como Igrejinha também”, completa.
No final de julho o Ministério da Reconstrução anunciou a liberação de R$ 8,9 bilhões no Rio Grande do Sul em recursos para as obras com enfoque na renovação do sistema de proteção contra cheias. Os recursos fazem parte do novo PAC Seleções e serão empregados em obras e estudos de drenagem urbana, mobilidade, abastecimento de água e esgoto, defesa de encostas e regularização fundiária.
No total, foram contemplados 104 empreendimentos em 65 municípios, com capacidade de gerar 114,5 mil empregos. São R$ 7,5 bilhões em recursos novos e mais R$ 1,4 bilhão que já haviam sido anunciados em maio, na primeira etapa do PAC.