A prevenção de novos eventos climáticos como o que aconteceu em maio no Rio Grande do Sul passa fundamentalmente por um trabalho de conscientização da comunidade com a percepção do risco. E prevenção não é um tema muito fácil de tratar no Brasil. A análise foi feita pelo diretor da Defesa Civil de Porto Alegre, Evaldo Rodrigues de Oliveira Júnior, que nesta terça-feira (6) participou do Menu POA da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), no Palácio do Comércio. O evento que discutiu o tema "Como nos prevenir de novos eventos climáticos" contou com a presença de Abner de Freitas, CEO da Hopeful Brasil - Startup do TecnoPuc que trabalha com educação e desastres.
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Segundo Oliveira, é necessário que a população tenha a percepção do risco e como deve se comportar em um momento de um evento climático. Levantamento da Defesa Civil aponta a existência de 142 áreas de risco em Porto Alegre. Conforme Freitas, é importante que a educação comunitária preceda a resposta das instituições públicas. "Envolver a população na compreensão do que se faz num desastre ambiental permite que a resposta do poder público tenha o engajamento da população. "Hoje, todas as pessoas estão amedrontadas com o que aconteceu em maio nos municípios gaúchos", destaca.
Segundo Oliveira, é necessário que a população tenha a percepção do risco e como deve se comportar em um momento de um evento climático. Levantamento da Defesa Civil aponta a existência de 142 áreas de risco em Porto Alegre. Conforme Freitas, é importante que a educação comunitária preceda a resposta das instituições públicas. "Envolver a população na compreensão do que se faz num desastre ambiental permite que a resposta do poder público tenha o engajamento da população. "Hoje, todas as pessoas estão amedrontadas com o que aconteceu em maio nos municípios gaúchos", destaca.
O diretor-geral da Defesa Civil de Porto Alegre afirma que o Plano Municipal de Riscos é essencial para a cidade porque poderá trazer soluções mitigatórias. "São 142 áreas de risco na Capital. Umas sujeitas a risco geológico e outras com risco hidrológico. Vamos pegar o caso dos riscos geológico e existem soluções de engenharia que podem ser implementadas em determinada comunidade em situação de risco." Conforme Evaldo Rodrigues, Porto Alegre tem mais de 250 anos e nunca havia sido realizado um Plano de Redução de Riscos. "Existe uma mudança na percepção de risco que é comum a todos hoje. Quem viveu a tragédia climática no Rio Grande do Sul mudou. Fica mais fluente tratar do tema e também buscar recursos financeiros", comenta.
Para Freitas, haverá um avanço monumental quando o tema prevenção fazer parte do cotidiano da população. "Passamos pela tragédia. Agora, o grande ponto é sabermos qual a mudança que vamos fazer a partir da tragédia climática", destaca. O diretor da Defesa Civil de Porto Alegre comenta que o sistema de diques da cidade não foi projetado para o nível que o Guaíba atingiu no evento climático de maio. "No mapeamento das 142 áreas de risco em Porto Alegre feito com o Serviço Geológico a região do 4º Distrito e o bairro Humaitá nós tínhamos como áreas protegidas. Porém, o sistema não deu conta", acrescenta. Segundo Evaldo Rodrigues, o Município trabalha a possibilidade do aumento da altura dos diques e a elevação dos maquinários das casas de bombas.