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Publicada em 02 de Agosto de 2024 às 20:00

Oropouche avança e atinge 21 estados no Brasil, confirma Ministério da Saúde

Maior parte dos casos foi registrada no Amazonas (3.224), Rondônia (1.709) e Bahia (831)

Maior parte dos casos foi registrada no Amazonas (3.224), Rondônia (1.709) e Bahia (831)

AFP/DIVULGAÇÃO
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Folhapress
Pelo menos 7.286 casos de febre oropouche foram registrados em 21 estados brasileiros diferentes, afirma em nota o Ministério da Saúde nesta sexta-feira (2). Até a última semana, eram 16 estados.
Pelo menos 7.286 casos de febre oropouche foram registrados em 21 estados brasileiros diferentes, afirma em nota o Ministério da Saúde nesta sexta-feira (2). Até a última semana, eram 16 estados.
A maior parte dos casos foi registrada no Amazonas (3.224), Rondônia (1.709) e Bahia (831), de acordo com a última atualização da base do ministério no último domingo (28). Os estados com menos casos são Tocantins (2), Sergipe (2), São Paulo (2) e Paraíba (1). 
No dia 25 de julho, o ministério confirmou as primeiras duas mortes pela doença no mundo, que ocorreram na Bahia. Os casos são de mulheres do interior com menos de 30 anos, sem comorbidades, mas que tiveram sinais e sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave. Um óbito em Santa Catarina está sob investigação.
A febre oropouche é uma arbovirose, com sintomas parecidos com os da dengue, chikungunya e algumas formas de zika: dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. É transmitida principalmente pela picada do mosquito infectado Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.
O Ministério da Saúde diz que montou três grupos de pesquisa para entender melhor o mosquito transmissor da doença e o comportamento do vírus no organismo, além de acompanhar estudos científicos em andamento. Também mantém monitoramento de casos e possíveis óbitos por meio da Sala Nacional de Arboviroses.

Transmissão Vertical

Estão sendo investigados nove casos de transmissão vertical — de mãe para filho — de febre oropouche: cinco em Pernambuco, um na Bahia e três no Acre, escreveu o ministério. Cinco destes evoluíram para óbito fetal e quatro apresentaram anomalias congênitas, como a microcefalia. As análises procuram entender se há relação entre a doença e casos de malformação ou abortamento.
No mês passado, o ministério alertou que o Instituto Evandro Chagas (IEC) havia confirmado a transmissão vertical do vírus, presente em um caso de morte fetal e em anticorpos de amostras de quatro recém-nascidos. As autoridades recomendam a vigilância na gestação e o acompanhamento de bebês de mulheres com suspeita clínica de arboviroses.

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