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Publicada em 20 de Junho de 2024 às 17:36

Porto Alegre aplica inseticida contra mosquito da dengue em abrigos

No total, sete abrigos devem receber a Borrifação Residual Intradomiciliar, que combate o Aedes e outros insetos

No total, sete abrigos devem receber a Borrifação Residual Intradomiciliar, que combate o Aedes e outros insetos

Cristine Rochol/PMPA/Divulgação/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
Porto Alegre está em tratativas para implantar uma nova estratégia para tentar controlar os casos de dengue. A prefeitura, por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), iniciou, nesta quarta-feira (19), a aplicação de inseticida residual em locais que servem como abrigos temporários. A ideia é combater o Aedes aegypti, vetor da doença, e outros insetos que ficam nas áreas internas das residências. Nesse caso, o mosquito morre quando entra em contato com o inseticida.Chamada BRI-Aedes (Borrifação Residual Intradomiciliar), a aplicação é feita em parceria com a Vigilância Ambiental estadual. De acordo com Roxana Nishimura, chefe da unidade de Vigilância Ambiental, essa técnica leva em consideração o "comportamento do vetor, que já está domiciliado", explicou. "Com as enchentes e as pessoas nos abrigos, locais de grande circulação de pessoas, estes foram os locais definidos para aplicação do inseticida", complementou.
Porto Alegre está em tratativas para implantar uma nova estratégia para tentar controlar os casos de dengue. A prefeitura, por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), iniciou, nesta quarta-feira (19), a aplicação de inseticida residual em locais que servem como abrigos temporários. A ideia é combater o Aedes aegypti, vetor da doença, e outros insetos que ficam nas áreas internas das residências. Nesse caso, o mosquito morre quando entra em contato com o inseticida.

Chamada BRI-Aedes (Borrifação Residual Intradomiciliar), a aplicação é feita em parceria com a Vigilância Ambiental estadual. De acordo com Roxana Nishimura, chefe da unidade de Vigilância Ambiental, essa técnica leva em consideração o "comportamento do vetor, que já está domiciliado", explicou. "Com as enchentes e as pessoas nos abrigos, locais de grande circulação de pessoas,
estes foram os locais definidos para aplicação do inseticida", complementou.
O procedimento é considerado seguro, mas exige que o local fique isolado por cerca de uma hora após a aplicação, que é o tempo necessário para que o inseticida seja absorvido. Além disso, as paredes precisam ser porosas. Roxana afirmou, ainda, que este é um projeto piloto na cidade, mas que a técnica já foi testada em municípios do interior do Estado. 
"Optamos como projeto piloto iniciar a aplicação nos locais que estão servindo de abrigos que demorarão a ser desmobilizados, devido à grande aglomeração e circulação de pessoas", explicou. Segundo Roxana, no total serão sete abrigos com a nova técnica. Além disso, a ideia é borrifar o inseticida nas cidades provisórias (Centros Humanitários de Acolhimento).
Ela considera que a proliferação do mosquito pode aumentar por conta das enchentes com os moradores longe de suas casas e com os entulhos de lixo nas ruas. "Além disso, o calor com água parada favorece o crescimento dos criadouros", explicou. Nos próximos dias, a prefeitura voltará a ter os números de mosquitos capturados pelas armadilhas nos bairros, o que possibilita saber onde estão os maiores focos do Aedes.
A chefe da unidade de Vigilância Ambiental reforça a necessidade de manter os cuidados com as residências, eliminando possíveis criadouros e buscando atendimento nas Unidades de Saúde na presença de sintomas da doença, como dor de cabeça, febre, dor atrás nos olhos e dor no corpo. Para cuidar das residências é preciso retirar água parada e lavar com frequência potes de animais.
De acordo com dados informados pela prefeitura, Porto Alegre tem 7.933 casos confirmados de dengue em 2024 até o dia 15 de junho. Do total, 7.452 foram contraídos na cidade (autóctones), 309 são importados (infecção fora da cidade) e 172 têm local de infecção indeterminado. O total de ocorrências suspeitas notificadas à Equipe de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) soma 33.566 no ano. Em 2023, no mesmo período, foram 8.818 notificações e 6.050 casos confirmados.
Até o momento, houve oito óbitos por dengue entre moradores de Porto Alegre: sete do sexo feminino (um na faixa dos 21 aos 30 anos, três na faixa etária de 31 a 40 anos, um na faixa etária 50-60 anos, um na faixa etária dos 70 aos 80 anos e um na faixa acima de 80 anos) e um do sexo masculino, entre 70 a 80 anos.

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