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Publicada em 11 de Maio de 2024 às 20:42

Ministra Sônia Guajajara informa que mais de 30 mil indígenas foram atingidos pelas enchentes no RS

De acordo com o balanço apresentado por ministros neste sábado (11), enchentes afetaram quase 2 milhões de pessoas em todo o Estado

De acordo com o balanço apresentado por ministros neste sábado (11), enchentes afetaram quase 2 milhões de pessoas em todo o Estado

ADRIANA LAMPERT/DIVULGAÇÃO/JC
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Adriana Lampert
Adriana Lampert Repórter
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, informou neste sábado (11), durante coletiva à imprensa, que, das 214 comunidades indígenas no Estado, 110 foram diretamente afetadas pelas enchentes, somando 9 mil famílias desabrigadas. O número representa um total de 30 mil indígenas atingidos pela tragédia climática que assola o Rio Grande do Sul. "Dentre as ações do governo federal para contribuir nos esforços destinados à ajudar as vítimas dessas comunidades, estão previstas 9 mil cestas básicas, que serão entregues quinzenalmente, a partir da semana que vem", afirmou.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, informou neste sábado (11), durante coletiva à imprensa, que, das 214 comunidades indígenas no Estado, 110 foram diretamente afetadas pelas enchentes, somando 9 mil famílias desabrigadas. O número representa um total de 30 mil indígenas atingidos pela tragédia climática que assola o Rio Grande do Sul. "Dentre as ações do governo federal para contribuir nos esforços destinados à ajudar as vítimas dessas comunidades, estão previstas 9 mil cestas básicas, que serão entregues quinzenalmente, a partir da semana que vem", afirmou.
De acordo com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que participou do encontro, ao lado de Sônia e do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do Brasil, Paulo Pimenta, as enchentes afetaram 446 municípios, de onde foram resgatadas 74 mil pessoas e 10.300 animais. 
A tragédia já afetou 1.952.602 de gaúchos; sendo que 756 ficaram feridos e outros 125 estão desaparecidos. Ao todo, 136 pessoas morreram, em decorrência dos alagamentos, enquanto 339.928 estão desalojadas. Dentre as que conseguiram vagas em abrigos, o número, por enquanto, chega a 71.398. 
De acordo com Góes, apesar dos esforços em resgatar pessoas, a maioria dos municípios ainda não solicitou nenhum tipo de recurso do governo federal. Segundo o ministro, até este sábado, apenas 69 das 441 cidades gaúchas em situação de calamidade pública requisitaram verba emergencial da pasta. "Flexibilizamos uma portaria para acelerar o repasse de recursos destinados à ajuda humanitária a cidades do Rio Grande do Sul, destacou o ministro."Aprovamos sumariamente e liberamos esses recursos, para dar velocidade na reconstrução dessas cidades", reforçou.
A regra anterior condicionava a liberação de recursos à aprovação de um plano de trabalho. Com a mudança, será possível que (mesmo antes da aprovação do plano de trabalho) com o envio de um simples ofício ao Ministério, junto ao decreto de calamidade assinado pelo governo do Estado, seja possível adiantar R$ 200 mil para municípios de até 50 mil habitantes, R$ 300 mil para municípios com até 100 mil habitantes, e R$ 500 mil para cidades com mais de 100 mil habitantes.
Ainda de acordo com o ministro, a Defesa Civil está com três bases para suporte aos municípios: em Porto Alegre, Lageado e Santa Maria. Ele também anunciou que o governo já beneficou 1.697 residências no Vale do Taquari (onde a água havia baixado nesta última semana) com o programa Minha Casa Minha Vida Calamidades, voltado à construção ou melhoria de unidades habitacionais atingidas pelas enchentes.
Conforme Pimenta, em vista do mau tempo previsto para os próximos dias, o governo elencou 44 pontos de alerta de risco de desabamento de encostas em regiões de rodovias federais no Rio Grande do Sul, principalmente na Serra Gaúcha. "São áreas onde a proteção vegetal - onde já existia fruto de intervenção - acabou sendo levada pelo delizamento. Estudos técnicos indicam que, com o grau de enxarque que se encontra a terra, seria necessário apenas 60 milímetros para ocorrer novos desabamentos nas regiões de estradas." 

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