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Publicada em 05 de Maio de 2024 às 17:50

IPH minimiza alerta da Defesa Civil e explica que alerta não significa inundação

O mapa traz uma mancha vermelha com risco de inundação

O mapa traz uma mancha vermelha com risco de inundação

Reprodução X/JC
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Luciane Medeiros
Luciane Medeiros Editora Assistente
Um alerta divulgado pela Defesa Civil do RS na noite de sábado (4) causou medo em moradores de diversos bairros de Porto Alegre. O mapa com uma mancha vermelha representava prováveis áreas de risco sob influência da atual elevação do Guaíba.Alguns trechos elevados da Capital também apareciam no mapa, caso da avenida Independência. Mais tarde, a Defesa Civil postou um novo comunicado nas redes sociais explicando que era preciso levar em consideração a altura do terreno. 
Um alerta divulgado pela Defesa Civil do RS na noite de sábado (4) causou medo em moradores de diversos bairros de Porto Alegre. O mapa com uma mancha vermelha representava prováveis áreas de risco sob influência da atual elevação do Guaíba.

Alguns trechos elevados da Capital também apareciam no mapa, caso da avenida Independência. Mais tarde, a Defesa Civil postou um novo comunicado nas redes sociais explicando que era preciso levar em consideração a altura do terreno. 

O engenheiro Iporã Possantti, hidrólogo, doutorando do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Ufrgs, explica que o mapa da Defesa Civil é uma mancha de alerta, não de inundação. “Usaram um mapa de inundação, mas ampliaram uma zona a mais de 200 metros. Na minha opinião, houve uma falha de comunicação grave porque pessoas que estavam no Colégio Rosário, no abrigo montado lá, acharam que a água ia entrar no local”, explica.

O IPH elaborou um mapa interativo que apresenta uma estimativa da inundação na Região Metropolitana, Vales do Sinos, Caí, Jacuí e margens do Guaíba. O material pode ser conferido no link ufrgs.br/iph/mapa-da-inundacao-da-regiao-metropolitana-de-porto-alegre. Para o mapeamento das áreas potencialmente inundadas, foi considerada a ausência de estruturas de proteção, como muro, diques e casas de bombas.

A equipe do IPH também elaborou uma estimativa preliminar do número de pessoas e domicílios atingidos pelas cheias na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA). O levantamento se baseou na mancha de inundação estimada e nos dados do Censo Demográfico 2022.

Segundo a análise, as cheias impactaram mais de meio milhão de pessoas na Região Metropolitana (587.439) em 263.369 domicílios. A cidade da RMPA com mais pessoas afetadas foi Canoas (160.653), seguida por Porto Alegre (126.606) e São Leopoldo (88.999).

A íntegra das estimativas elaboradas pelo IPH/Ufrgs podem ser conferidos no site www.ufrgs.br/iph.

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