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Publicada em 16 de Abril de 2024 às 14:35

Ex-craque do vôlei Tande sofre infarto; médico reforça importância da prevenção

Em um vídeo gravado no hospital, Tande contou aos fãs o que sentiu

Em um vídeo gravado no hospital, Tande contou aos fãs o que sentiu

Reprodução/Redes Sociais/JC
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Luciane Medeiros
Luciane Medeiros Editora Assistente
O ex-jogador de vôlei Tande sofreu um infarto na sexta-feira (12) e fez um alerta nas suas redes sociais sobre os sinais que antecederam o problema e os cuidados com a saúde. O campeão olímpico contou que vinha sentindo dor de ouvido, falta de ar e palpitação. "Fiquem atentos aos sinais. Ele me deu, volta e meia, vários sinais. Falta de ar, palpitações, dor no ouvido", diz no vídeo gravado na cama do hospital onde está internado no Rio de Janeiro.
O ex-jogador de vôlei Tande sofreu um infarto na sexta-feira (12) e fez um alerta nas suas redes sociais sobre os sinais que antecederam o problema e os cuidados com a saúde. O campeão olímpico contou que vinha sentindo dor de ouvido, falta de ar e palpitação. "Fiquem atentos aos sinais. Ele me deu, volta e meia, vários sinais. Falta de ar, palpitações, dor no ouvido", diz no vídeo gravado na cama do hospital onde está internado no Rio de Janeiro.
Segundo ele, uma das artérias chegou a apresentar 98% de entupimento e outra, 78%. Uma terceira veia teve obstrução de 73%. Além disso, Tande admitiu que, embora o passado de atleta, não vinha cuidando adequadamente da saúde. “Aos 54 anos, atleta, fazia exercícios, mas comecei a descuidar um pouco da minha saúde. Uns quatro anos sem me cuidar", disse.
Paulo Behr, cardiologista e coordenador do Centro de Dislipidemia da Santa Casa de Porto Alegre, salienta a importância da prevenção, já que a doença cardiovascular arterial é a que mais mata no mundo. “Às vezes, quem tem histórico de atleta acha que está imune, isso é um grande erro. Essas pessoas também podem enfartar por fatores como colesterol alto ou questões genéticas”, comenta sobre o caso de Tande.
Behr orienta que os exames preventivos comecem a partir dos 40. Quando há doenças cardiovasculares na família e casos de infartos antes dos 55 anos, a recomendação é que o monitoramento comece mais cedo ainda.
Sobre os sinais do infarto, o médico explica que a maioria das pessoas relata uma dor opressiva no peito e uma pressão, descrita como “um elefante sentado no peito”. Nas mulheres, os sintomas nem sempre são os mesmos.
Além disso, acendem o alerta para o risco de infarto o cansaço a pequenos esforços, dor em um braço ou ombro (não necessariamente do lado esquerdo) e dor que sobe pelo peito em direção à mandíbula.
São fatores de risco para o infarto a hipertensão, diabetes, tabagismo e colesterol alto. O cardiologista chama atenção para a influência da obesidade. Em um estudo realizado na Santa Casa de Porto Alegre com 275 pacientes operados com ponte de safena com menos de 55 anos, apenas 19% estavam com o peso dentro do considerado normal. O restante dos pacientes tinha sobrepeso ou obesidade. “Isso é bem importante, não é só estética”, ressalta o médico.
Para evitar o risco de infarto, a prevenção é o melhor tratamento. E ela consiste em medidas simples como a alimentação saudável e praticar atividades físicas com regularidade. “De 30 a 40 minutos de caminhada, cinco vezes por semana, já é excelente para prevenir não só a morte por doença cardiovascular, mas também câncer e demências, entre elas o Alzheimer”, salienta Behr. “Você não deve esperar ter o sintoma, essa é a grande mensagem, até porque 50% das pessoas que infartam não chegam vivas aos hospitais”, conclui.

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