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Publicada em 02 de Abril de 2024 às 15:59

Manifestação de doação de órgãos pode ser feita por documento eletrônico

Mais de 42 mil pessoas esperam na fila de transplantes em todo o Brasil

Mais de 42 mil pessoas esperam na fila de transplantes em todo o Brasil

Freepik/Divulgação/JC
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Quem deseja ser doador de órgãos poderá a partir de agora manifestar e formalizar a sua vontade por meio de um documento oficial, feito digitalmente em qualquer um dos 448 Cartórios de Notas do Rio Grande do Sul: a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO). O lançamento do documento nesta terça-feira (2) marca o início da campanha "Um Só Coração: seja vida na vida de alguém. Pelo menos duas mil pessoas aguardam na fila por um transplante de órgãos no Rio Grande do Sul.
Quem deseja ser doador de órgãos poderá a partir de agora manifestar e formalizar a sua vontade por meio de um documento oficial, feito digitalmente em qualquer um dos 448 Cartórios de Notas do Rio Grande do Sul: a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO). O lançamento do documento nesta terça-feira (2) marca o início da campanha "Um Só Coração: seja vida na vida de alguém. Pelo menos duas mil pessoas aguardam na fila por um transplante de órgãos no Rio Grande do Sul.
O documento digital passa a certificar oficialmente a vontade da pessoa em ser um doador de órgãos e ficará disponível em plataforma nacional para os profissionais de saúde. Mais de 42 mil pessoas esperam na fila de transplantes em todo o Brasil.
A autorização eletrônica estará disponível gratuitamente pelo site www.aedo.org.br e, por meio da Central Nacional de Doadores de Órgãos, ficará disponível para consulta via CPF do falecido pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde. O presidente do Colégio Notarial do Brasil – Seção Rio Grande do Sul, José Flávio Bueno Fischer, disse que a ideia que nasceu no Rio Grande do Sul se espalhará por todo o Brasil. "É com entusiasmo e orgulho que vejo essa iniciativa, que tem os cartórios de notas sendo agentes ativos no incentivo da doação de órgãos e tecidos, ganhar ainda mais proporção", comenta.
Pela legislação vigente, quem autoriza a doação em caso de morte encefálica é a família do cidadão, que precisava estar ciente da intenção da pessoa em doar seus órgãos ou tecidos. Com a autorização, a manifestação de vontade fica registrada dentro de uma base de dados acessada pelos profissionais da saúde, que terão em mãos a comprovação do desejo do falecido para apresentar a família no momento do óbito.
Para realizar a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos, o interessado preenche um formulário diretamente no site www.aedo.org.br, que é recepcionado pelo Cartório de Notas selecionado. Em seguida, o tabelião agenda uma sessão de videoconferência para identificar o interessado e coletar a sua manifestação de vontade. Por fim, o solicitante e o notário assinam digitalmente a AEDO, que fica disponível para consulta pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes. A plataforma está acessível 24 horas por dia, sete dias por semana, de qualquer dispositivo com acesso à internet.

Por meio do sistema, o cidadão poderá escolher qual órgão deseja doar - medula, intestino, rim, pulmão, fígado, córnea, coração ou todos. No Brasil, a maioria das pessoas na fila única nacional de transplantes aguarda a doação de um rim, seguido por fígado, coração, pulmão e pâncreas. No ano passado, três mil pessoas faleceram pela falta de doação de um órgão. Atualmente, mais de 500 crianças aguardam por um novo órgão.

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