A greve dos rodoviários de Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre, segue ainda sem data para término. Nesta terça-feira (28), uma reunião foi mediada pelo Ministério Público acerca do tema entre os trabalhadores envolvidos na greve, a prefeitura de Esteio e a Viação Hamburguesa, que realiza o transporte na cidade. Segundo Wilson Caetano, que está no comando da greve, os motivos principais para a reunião são "coações aos grevistas por parte da guarda municipal, da prefeitura, e empresas envolvidas".
A greve dos rodoviários de Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre, segue ainda sem data para término. Nesta terça-feira (28), uma reunião foi mediada pelo Ministério Público acerca do tema entre os trabalhadores envolvidos na greve, a prefeitura de Esteio e a Viação Hamburguesa, que realiza o transporte na cidade. Segundo Wilson Caetano, que está no comando da greve, os motivos principais para a reunião são "coações aos grevistas por parte da guarda municipal, da prefeitura, e empresas envolvidas".
Durante a reunião, que começou às 10h30min e durou cerca de duas horas, o movimento sindicalista esteve aberto ao recebimento de propostas das empresas para as reivindicações, o que, segundo o sindicalista, não aconteceu. Portanto, a greve continuará ativa “por tempo indeterminado, até que empresas apresentem uma nova proposta”, explica. O movimento envolve trabalhadores da Viação Hamburguesa juntamente com a Real Rodovias, que é responsável pelo transporte intermunicipal.
Nesse meio tempo, o transporte público continuará funcionando no percentual mínimo definido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. Estarão funcionando 35% dos ônibus nos horários de pico (das 5h30min às 8h30min e das 17h30min às 20h30min) e 15% nos demais horários. A decisão foi tomada pelo desembargador Alexandre Corrêa da Cruz no último domingo (25).
Wilson Caetano explica que uma das principais decisões tomadas na reunião foi a ratificação da tabela horária, obedecendo o limite mínimo que foi decidido pelo desembargador. O caso aconteceu após as empresas alegarem o descumprimento desse limite, fato que ele diz ser inverídico.
Além da ratificação da tabela horária e da análise de possíveis propostas, a reunião serviu para a prefeitura e a guarda municipal de Esteio assumirem o compromisso de não mais intimidar os grevistas. Como explica Caetano, o caso aconteceu após tentativa de coação por parte da prefeitura e guarda municipal, juntamente com o chefe de recursos humanos de uma das empresas envolvidas, a qual, em específico, diz não saber.
Caetano explica que isso representou “uma coação tanto dos empregadores quanto das forças da guarda municipal”. Ele relata que o profissional de RH estava filmando e fotografando trabalhadores envolvidos na greve. Comentou também que confere gravidade ao fato o profissional estar nesse cargo. “É uma pessoa que tem cargo de chefia e que manda, inclusive com poder de contratação e demissão”, relata.
Também, segundo ele, a guarda municipal filmou e fotografou trabalhadores envolvidos, identificando-os. Relata que os profissionais de segurança pública disseram estar cumprindo ordens do prefeito.
Segundo Wilson Caetano, as atitudes “caracterizam atitude anti sindical, inclusive crime previsto na legislação". A partir daí o desembargador pediu para que o Ministério Público se manifestasse sobre os temas narrados.