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Publicada em 10 de Fevereiro de 2024 às 04:35

STF suspende novo júri da Boate Kiss, marcado para 26 de fevereiro

Ações de memória pelos 10 anos do incêndio na Boate Kiss em Santa Maria/RS

Ações de memória pelos 10 anos do incêndio na Boate Kiss em Santa Maria/RS

TÂNIA MEINERZ/JC
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli decidiu pela suspensão do júri da boate Kiss, que estava marcado para acontecer no dia 26 de fevereiro. Agora, o processo fica suspenso até que o STF julgue os recursos extraordinários interpostos pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e pelo Ministério Público Federal. A suspensão, publicada nesta sexta-feira (9), atendeu pedido do MPRS, motivado por manifestação da Associação dos Familiares e Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM).
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli decidiu pela suspensão do júri da boate Kiss, que estava marcado para acontecer no dia 26 de fevereiro. Agora, o processo fica suspenso até que o STF julgue os recursos extraordinários interpostos pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e pelo Ministério Público Federal. A suspensão, publicada nesta sexta-feira (9), atendeu pedido do MPRS, motivado por manifestação da Associação dos Familiares e Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM).
De acordo com o procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz, a decisão do ministro do STF “é um sinal concreto de que a tese acusatória sustentada pelo MPRS no júri está correta e que as decisões de anulação do julgamento merecem reforma. Esta mesma decisão do ministro reconhece, também, a importância do papel das vítimas e seus representantes no processo penal, prestigia a soberania das decisões do Tribunal do Júri e retoma a crença no sentimento de justiça". As informações são do MPRS.
Dias Toffoli se reuniu nesta semana em Brasília com o procurador-geral de Justiça e a promotora titular do caso, Lucia Helena Callegari. Segundo Callegari, a “decisão que suspendeu o julgamento atendeu os anseios das famílias, das vítimas e dos sobreviventes. Eles não queriam se deparar com um novo julgamento sem que tivesse uma decisão do STF. A Constituição fala em soberania do Tribunal do Júri, garantia dos vereditos e essa garantia de soberania não estava sendo respeitada até este momento com a anulação do julgamento por questões que entendo inexistentes. Os quatro réus foram condenados e esta decisão que veio do povo tem de ser respeitada”, disse.
O presidente da AVTSM, Gabriel Rovadoschi, se manifestou concordando com a decisão de Dias Toffoli. “A nossa maior preocupação é a saúde de todos os familiares sobreviventes diretamente afetados pela tragédia. E quando a gente fez o pedido pela suspensão do júri, foi por reconhecer o quão danoso seria enfrentar um novo julgamento com toda a sua carga emocional e todas as exigências de outras ordens, como a questão de saúde física, logística e outras mais.”, afirmou. “A gente sabe que a história sempre esteve e sempre estará do nosso lado, mas o ato processual do júri não se resume a um simples ato, mas sim em submeter todas as partes a extremos níveis de estresse e risco. Com isso, ficamos aliviados com essa decisão e na expectativa agora do julgamento do recurso no STF o quanto antes”.

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