Um clássico do litoral gaúcho no verão é o mar "chocolatão", apelido dado em alusão à coloração das águas que ficam mais escuras. Afinal, por que isso acontece? Pode entrar na água nessas ocasiões? O diretor do Instituto do Meio Ambiente da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), Nelson Ferreira Fontoura, esclarece essas questões.
Um clássico do litoral gaúcho no verão é o mar "chocolatão", apelido dado em alusão à coloração das águas que ficam mais escuras. Afinal, por que isso acontece? Pode entrar na água nessas ocasiões? O diretor do Instituto do Meio Ambiente da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), Nelson Ferreira Fontoura, esclarece essas questões.
Segundo ele, a mudança de cor está relacionada à reprodução de uma alga diatomácea. "Essa reprodução está relacionada à quantidade de nutrientes disponíveis na água. Quanto mais nutrientes, mais ela se reproduz, logo mais escura fica a água", diz Fontoura.
O especialista afirma que o Rio Grande do Sul é atingido por dois sistemas de ventos predominantes, um vindo do Sul e outro do Nordeste. "O vento vindo do Nordeste empurra as massas de água que estão junto à costa para mar aberto. Isso faz com que mais nutrientes cheguem até as algas, facilitando sua reprodução, além de deixar a água mais fria", completa.
Fontoura relata que esse fenômeno não tem época propícia para ocorrer, podendo estar presente em qualquer data do ano.
O diretor do Instituto do Meio Ambiente da Pucrs tranquiliza aqueles que gostam de entrar no mar em dias de "chocolatão". "A cor mais escura proveniente deste fenômeno da reprodução das algas não é empecilho para os banhistas. Eles podem ficar tranquilos. A aparência não é tão convidativa, mas é segura para banho", assegura Fontoura.