Faleceu nesta segunda-feira (8) Franz Beckenbauer, lenda do futebol mundial, aos 78 anos. Franz, junto com Zagallo e Didier Dechamps, foi um dos únicos a conquistar a Copa do Mundo como jogador, em 1974, e técnico, em 1990. O ex-zagueiro passava por problemas de saúde nesses últimos anos e morreu enquanto dormia, rodeado por seus familiares, de acordo com nota divulgada pela família.
Faleceu nesta segunda-feira (8) Franz Beckenbauer, lenda do futebol mundial, aos 78 anos. Franz, junto com Zagallo e Didier Dechamps, foi um dos únicos a conquistar a Copa do Mundo como jogador, em 1974, e técnico, em 1990. O ex-zagueiro passava por problemas de saúde nesses últimos anos e morreu enquanto dormia, rodeado por seus familiares, de acordo com nota divulgada pela família.
O zagueiro, ao lado do próprio Zagallo e de Didier Deschamps, faz parte de um seleto grupo de jogadores que conquistaram a maior competição esportiva do mundo como jogador e como treinador. Em questão de apenas três dias, agora o francês é o único que segue vivo.
Mesmo jogando no setor mais recuado do campo, o talento e técnica do Imperador eram sua marca registrada. Tornou-se comum o zagueiro partir para o ataque em velocidade, com dribles, tabelas e chutes de fora da área. Seu desempenho se converteu em prêmios individuais: duas Bolas de Ouro (1972 e 1976), quatro vezes Jogador do ano na Alemanha (1966, 1968, 1974 e 1976), Melhor Jovem da Copa do Mundo (1966), entre outros.
Raça e determinação também eram características que não lhe faltavam. Um dos momentos mais emblemáticos da carreira do jogador foi na semifinal da Copa do Mundo de 1970, no estádio Azteca, no México. Nesse episódio, ele atuou em boa parte do jogo entre Itália e Alemanha (vencido pelos italianos por 4 a 3) com uma tipoia no braço direito, depois de ter fraturado a clavícula ao sofrer uma falta violenta.
Por clubes, Beckenbauer jogou e brilhou no Bayern de 1964 a 1977, com mais de 400 jogos, 60 gols, três títulos da Copa dos Campeões (1974-1976, todos como capitão), um título mundial (a Copa Intercontinental de 1976, em cima do Cruzeiro), quatro do Campeonato Alemão e outros quatro da Copa da Alemanha, além de uma Recopa europeia.
Em 1977, seduzido pelos dólares norte-americanos, abdicou de seu reinado no Bayern e juntou-se a Pelé no Cosmos de Nova York, ajudando a celebrizar a tentativa dos EUA de popularizar o "soccer". Depois, voltou à Alemanha para defender por dois anos o Hamburgo, conquistando uma Bundesliga. Antes de parar de jogar, em 1983, jogou novamente pelo Cosmos.
Depois que pendurou as chuteiras, o alemão decidiu engatar na carreira como treinador. Seu primeiro desafio foi justamente na seleção da Alemanha, onde ficou entre 1984 e 1990, chegando a duas finais de Copa do Mundo, ambas contra a Argentina: derrota por 3 a 2 em 1986 e vitória por 1 a 0 em 1990.
Franz também comandou o Bayern - clube do qual desde 2009 era o presidente de honra - em 1993, 1994 e 1996, e o Olympique de Marselha, em 1990-1991. Ainda, esteve à frente do Comitê Organizador da Copa da Alemanha 2006.
Nos últimos anos, a lenda do esporte mundial havia deixado de fazer aparições públicas para cuidar da saúde.