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Publicada em 11 de Janeiro de 2024 às 11:13

Rio Grande do Sul tem ano mais seguro desde 2010

Governo aponta o aumento do efetivo nas ruas como um dos fatores

Governo aponta o aumento do efetivo nas ruas como um dos fatores

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Maria Welter
Maria Welter Repórter
O Governo do Rio Grande do Sul divulgou, nesta quinta-feira (11), os indicadores criminais do ano de 2023. O ano é considerado o mais seguro da série histórica, iniciada em 2010. Em relação ao ano de 2022, houve diminuição em todos os índices acompanhados pelo Estado. O número de roubos registrado no ano foi o menor desde 2010.
O Governo do Rio Grande do Sul divulgou, nesta quinta-feira (11), os indicadores criminais do ano de 2023. O ano é considerado o mais seguro da série histórica, iniciada em 2010. Em relação ao ano de 2022, houve diminuição em todos os índices acompanhados pelo Estado. O número de roubos registrado no ano foi o menor desde 2010.
O número de crimes violentos letais intencionais no Estado foi de 1.981, queda de 6,3% em relação ao ano anterior, quando foram registradas 2.115 mortes. Também em relação a 2022, o número de latrocínios (roubos seguidos de morte) teve queda de 24,5%; homicídios diminuíram 7%; e feminicídios tiveram queda de 21,6%. Em relação ao ano de 2017, quando foi registrado o pico da série histórica com 3.399 mortes violentais letais intencionais, a diminuição é de 41,6%. "Pela primeira vez, o Rio Grande do Sul encerrou o ano com menos de 2 mil mortes violentas letais intencionais", destaca o governador Eduardo Leite.
As vítimas de homicídio doloso no RS foram 1.638 no ano passado, queda de 7% em comparação com 2022, quando foram registradas 1.761 mortes. Em relação ao ano de 2017, que teve 3.004 homicídios, o maior número registrado no RS, a diminuição é de 45,5%. O número de homicídios só não é menor do que o registrado em 2021, quando houve 1.637 vítimas.
Em 2023, foram registrados os menores índices de roubo da série histórica. O número de ocorrências de roubo a veículos foi de 3.600, queda de 18,3% em relação ao ano de 2022; roubo de cargas, 86, diminuição de 29,5%; a pedestres, 25.610, queda de 14,4%; a residências, 1.057, menos 10,5%; e a comércios, 1.793, queda de 17,5%. "Em todos eles aqui mencionados, tivemos os menores números desde 2010", complementa o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron.
Em relação ao roubo de veículos, há uma diminuição constante na série histórica desde o ano de 2015, quando foi registrado o pico de roubos, com 18.137 ocorrências. A diminuição em 2023 em relação ao pico da série histórica é de 80,2%.
O secretário atribui a queda do número de roubos às operações executadas pelas forças de segurança do Estado. "A maneira mais efetiva de combater o roubo a patrimônio é atacando a receptação. Então a Operação Desmanche, que é uma operação permanente das forças de segurança, vem trazendo esses resultados. Nós temos também uma ação muito forte da Polícia Civil investigando e prendendo quadrilhas de roubo de veículos, nós temos o foco de prender e desmantelar essas quadrilhas de roubo de veículos. E temos também um trabalho muito bem direcionado pela Brigada Militar no Rio Grande do Sul em que, usando dados estatísticos e de inteligência, hoje, o comando da Brigada posta o seu policiamento, os seus efetivos e as suas equipes realmente onde elas têm que estar", diz Caron.
Para o abigeato, que são os crimes na zona rural, houve o menor índice da série histórica, com 4.018 ocorrências. A queda em relação a 2022 foi de 17,7%, quando houve 4.881 crimes, e em comparação com o maior número registrado no Estado, que é de 10.482 em 2016, a diminuição é de 61,7%. "É sempre importante que o cidadão registre a ocorrência, porque é a forma de nós termos conhecimento do crime e agirmos para coibir", sustenta o secretário de Segurança Pública.
Os investimentos do Estado na área da segurança incluem o reforço de 1.574 novos servidores formados na Brigada Militar, no Corpo de Bombeiros Militar, na Polícia Civil e na Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Outros 834 servidores estão em processo de formação. O aporte para as viaturas foi de R$ 140 milhões, destinados à aquisação de 418 novos veículos.
"Para mim, segurança pública é a função principal do Estado. Precisamos garantir a ordem, se estabelecem normas de convivência, as regras estão estabelecidas no Código Penal e é importante o Estado fazer cumprir essas normas. Para aqueles que não obedecerem as regras de convivência no Estado, em uma nação, tem que ter consequência, tem que ter um Estado com força para cumprir o seu papel. Por isso fizemos um investimento robusto na área da segurança pública", defende Leite.

Índices criminais no RS em 2023

Percentual em relação ao ano anterior

Crimes violentos letais intencionais (CVLI): 1.981 (-6,3%)

  • Latrocínios: 40 (-24,5%)
  • Homicídio doloso: 1.638 (-7%)
  • Feminicídios: 87 (-21,6%)

Roubos

  • Veículos: 3.600 (-18,3%)
  • Cargas: 86 (-29,5%)
  • Pedestres: 25.610 (-14,5%)
  • Residências: 1.057 (-10,5%)
  • Comércio: 1.793 (-17,5%)

Abigeato: 4.018 (-17,7%)

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