É difícil encontrar alguém que frequente o Litoral Norte do Rio Grande do Sul e não conheça o famoso Hotel Redondo, em Noiva do Mar, balneário que pertence a Xangri-Lá. O prédio icônico, por sua arquitetura peculiar, virou referência na região e, desde 2021, está desocupado, para a tristeza dos antigos frequentadores. A seguir, o leitor entenderá a razão.
O nome do hotel, construído em 1982, na verdade, era Noimar, mas todo mundo o apelidou a partir de sua forma geométrica, ideia da arquiteta criativa contratada na época. O empreendimento de quatro andares, que ocupa 4,2 mil metros quadrados, o equivalente a 16 terrenos, somava 34 quartos.
A estrutura, construída em partes (inicialmente os dois primeiros andares e depois a expansão), tinha, ainda, restaurante, salão de festas, piscina e quadra de esportes. Além de uma operação secreta que atraía políticos da praia na década de 1980: um cassino. Algo difícil de imaginar em um balneário que parece tão pacato, distante do burburinho de Capão da Canoa e de Tramandaí.
A estadia surgiu do sonho do italiano Mário Ângelo Sebben e de Clarice Maria Peccin Sebben. Os pais dela eram donos do Hotel Peccin, em Caxias do Sul, na Serra, o que motivou o marido a investir no ramo da hotelaria no balneário onde escolheram morar. Eles, aliás, foram um dos primeiros habitantes de Noiva do Mar.
“A praia foi a redenção econômica do meu pai, que deu estudo para sete filhos. E o Redondo faz parte dessa história”, diz o filho do casal, também chamado de Mário Sebben, 75 anos, que responde pelo terreno e administra a imobiliária Noimar, entre outros negócios, ao lado dos irmãos. Ele, no entanto, revela que o hotel nunca deu lucro.
O grande problema, segundo ele, é que a praia é um lugar difícil para o setor de hospedagem. Devido à demanda, o hotel ficava fechado 10 meses do ano, e abria dois. A despesa era grande, e não se pagava.
O nome do hotel, construído em 1982, na verdade, era Noimar, mas todo mundo o apelidou a partir de sua forma geométrica, ideia da arquiteta criativa contratada na época. O empreendimento de quatro andares, que ocupa 4,2 mil metros quadrados, o equivalente a 16 terrenos, somava 34 quartos.
A estrutura, construída em partes (inicialmente os dois primeiros andares e depois a expansão), tinha, ainda, restaurante, salão de festas, piscina e quadra de esportes. Além de uma operação secreta que atraía políticos da praia na década de 1980: um cassino. Algo difícil de imaginar em um balneário que parece tão pacato, distante do burburinho de Capão da Canoa e de Tramandaí.
A estadia surgiu do sonho do italiano Mário Ângelo Sebben e de Clarice Maria Peccin Sebben. Os pais dela eram donos do Hotel Peccin, em Caxias do Sul, na Serra, o que motivou o marido a investir no ramo da hotelaria no balneário onde escolheram morar. Eles, aliás, foram um dos primeiros habitantes de Noiva do Mar.
“A praia foi a redenção econômica do meu pai, que deu estudo para sete filhos. E o Redondo faz parte dessa história”, diz o filho do casal, também chamado de Mário Sebben, 75 anos, que responde pelo terreno e administra a imobiliária Noimar, entre outros negócios, ao lado dos irmãos. Ele, no entanto, revela que o hotel nunca deu lucro.
O grande problema, segundo ele, é que a praia é um lugar difícil para o setor de hospedagem. Devido à demanda, o hotel ficava fechado 10 meses do ano, e abria dois. A despesa era grande, e não se pagava.

Pelo número de terrenos e pela edificação, o Redondo, segundo Mário, vale mais de R$ 30 milhões. “Tem que sobrar R$ 300 mil por mês”, avalia, sobre a viabilidade de manter um negócio com esse investimento.
Após o fechamento do Redondo, que foi administrado por ecônomos e pela família Sebben, uma escola assumiu o ponto. A ideia era oferecer ensino público, em parceria com a prefeitura. Mas as coisas não saíram como planejado, e, após quatro anos de operação educacional, o prédio voltou à família, em 2021. “A empresa não tinha como nos pagar. Não deu certo, paciência. Agora o prédio está ali”, afirma Mário.
Após o fechamento do Redondo, que foi administrado por ecônomos e pela família Sebben, uma escola assumiu o ponto. A ideia era oferecer ensino público, em parceria com a prefeitura. Mas as coisas não saíram como planejado, e, após quatro anos de operação educacional, o prédio voltou à família, em 2021. “A empresa não tinha como nos pagar. Não deu certo, paciência. Agora o prédio está ali”, afirma Mário.
Futuro ainda é incerto
O empreendedor defende que o endereço seja usado pelo poder público, já que não há muitos prédios em Xangri-Lá com as características do Redondo. “Poderiam fazer uma subprefeitura, posto de saúde, escola, centro cultural. Tem espaço para tudo”, enxerga.
Ao lembrar das situações eternizadas no edifício, que recebeu muitos turistas e festas da família Sebben, Mário fica arrepiado. “Toca o meu coração porque o hotel foi parte da vida do meu pai e da minha mãe. Fizemos a festa de aniversário de 70 anos dele aqui, com parentes vindos dos Estados Unidos. Contratamos até um tenor para tocar”, narra, mostrando os pelos do braço ouriçados.
O Redondo, agora, mesmo sendo preservado pela família contra intempéries do tempo, está disponível para venda, aluguel ou (algo que ninguém quer) demolição. É um gigante abandonado à espera de um hóspede capaz de mudar o seu destino.
Ao lembrar das situações eternizadas no edifício, que recebeu muitos turistas e festas da família Sebben, Mário fica arrepiado. “Toca o meu coração porque o hotel foi parte da vida do meu pai e da minha mãe. Fizemos a festa de aniversário de 70 anos dele aqui, com parentes vindos dos Estados Unidos. Contratamos até um tenor para tocar”, narra, mostrando os pelos do braço ouriçados.
O Redondo, agora, mesmo sendo preservado pela família contra intempéries do tempo, está disponível para venda, aluguel ou (algo que ninguém quer) demolição. É um gigante abandonado à espera de um hóspede capaz de mudar o seu destino.
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