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Publicada em 02 de Dezembro de 2023 às 16:23

Na COP-28, RS adere a ação global para reduzir emissão de gases de efeito estufa

Comitiva gaúcha em Dubai reforça participação em movimento ambiental global

Comitiva gaúcha em Dubai reforça participação em movimento ambiental global

JOEL VARGAS/PALÁCIO PIRATINI/DIVULGAÇÃO/JC
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Agências
O Rio Grande do Sul assinou neste sábado (2), durante a programação da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP-28), adesão ao grupo de entes subnacionais comprometidos com a redução de emissões de metano (CH4) na atmosfera. O vice-governador Gabriel Souza formalizou a participação do Estado durante o encontro “Estados e regiões: impulsionando a ação climática local”. A COP 28 acontece em Dubai, nos Emirados Árabes, até 12 de dezembro e, neste ano, o foco dos debates é o enfrentamento aos eventos climáticos extremos. As informações são do governo do Estado.
O Rio Grande do Sul assinou neste sábado (2), durante a programação da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP-28), adesão ao grupo de entes subnacionais comprometidos com a redução de emissões de metano (CH4) na atmosfera. O vice-governador Gabriel Souza formalizou a participação do Estado durante o encontro “Estados e regiões: impulsionando a ação climática local”. A COP 28 acontece em Dubai, nos Emirados Árabes, até 12 de dezembro e, neste ano, o foco dos debates é o enfrentamento aos eventos climáticos extremos. As informações são do governo do Estado.

Leia também: Na COP 28, Brasil busca investimentos na agenda verde

“O Rio Grande do Sul tem vivido eventos climáticos extremos, que evidenciam o impacto do aquecimento global. Só em 2023, já enfrentamos uma dezena de ciclones, além de três anos seguidos de estiagem. Esta assinatura reforça o nosso compromisso com uma agenda focada na sustentabilidade e na preservação do meio ambiente”, reforçou o vice-governador.
A secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann, que também participou da agenda, complementou que o Rio Grande do Sul é pioneiro em estudos sobre o tema. “Considerando que o Estado se situa em posição de vanguarda com relação às pesquisas científicas relacionadas à redução de emissões de metano advindas da cadeia agropecuária, além de se beneficiar da participação na iniciativa, pode oferecer importantes contribuições para metas globais”, destacou.
A iniciativa global, capitaneada pelo governo da Califórnia e consolidada na COP28, em alinhamento com os objetivos do Acordo de Paris, prevê a promoção de ações locais e a busca por recursos para custear projetos de mitigação das emissões nos territórios dos entes signatários. O documento ressalta que, embora mais de 150 países tenham concordado com o esforço coletivo de redução em ao menos 30% até 2030, o cumprimento da meta exigirá comprometimento em todos os níveis, justificando uma declaração de intenções voltada especificamente para os Estados.
A ação é apoiada pela Coalizão Under2, da qual o Rio Grande do Sul faz parte. Ela constitui a maior rede global de governos comprometidos com o Acordo de Paris para o clima, cujo objetivo principal é zerar o balanço de emissões de gases de efeito estufa até 2050. A coalizão é mantida pelo Climate Group, instituição sem fins lucrativos, fundada em 2003 e que congrega governos e empresas multinacionais alinhados com os compromissos climáticos globalmente assumidos.
Conforme o governo do Estado, no Rio Grande do Sul, estima-se que aproximadamente 50% das emissões de gases de efeito estufa , como metano e CO2, tenham origem nos sistemas de produção agropecuária, diferentemente do padrão global, em que o sistema energético é o principal responsável pelas emissões. Devido ao processo de ruminação e digestão dos animais, a produção de metano se mostra especialmente relevante na pecuária bovina, uma das principais atividades econômicas gaúchas.

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