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Publicada em 20 de Novembro de 2023 às 08:39

Fundação que administra o Instituto de Cardiologia pede recuperação judicial

Na sexta-feira, 280 funcionários do Instituto de Cardiologia foram demitidos

Na sexta-feira, 280 funcionários do Instituto de Cardiologia foram demitidos

FUNDAÇÃO CARDIOLOGIA/DIVULGAÇÃO/JC
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A Fundação Universitária de Cardiologia (FUC), administradora do Instituto de Cardiologia, apresentou nesta segunda-feira (20) pedido de recuperação judicial junto à Vara Regional Empresarial da Comarca de Porto Alegre. O passivo da FUC é de R$ 233.741.655,19, acumulado ao longo dos últimos anos por razões estruturais e fatores externos, como a pandemia de Covid-19, desequilíbrio nas tabelas SUS e problemas no IPE Saúde.Além do Instituto de Cardiologia, a Fundação é responsável pelo Hospital de Alvorada; Hospital Padre Jeremias, de Cachoeirinha; Instituto de Cardiologia Hospital Viamão; Hospital Regional de Santa Maria e Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal. Os hospitais seguem abertos e em atendimento, sem qualquer prejuízo às cirurgias e consultas agendadas. Da mesma forma, os prontos atendimentos seguem funcionando. Juntas, as instituições foram responsáveis por mais de 2 milhões de atendimentos entre janeiro e outubro deste ano, incluindo atendimentos ambulatoriais, serviços de emergência, cirurgias, partos, entre outros. Desse montante, 85% dos pacientes foram atendidos via Sistema Único de Saúde (SUS).“Temos, desde nossa fundação, nos anos 1960, o compromisso de prestar um atendimento de qualidade para a população gaúcha e brasileira. Por esta razão, entendemos que essa medida é a única que temos para garantir a manutenção dos nossos serviços sem prejuízos à sociedade”, argumenta em nota Oswaldo Luis Balparda, Superintendente Executivo.A Fundação Universitária de Cardiologia tem mais de quatro mil colaboradores. Na última sexta-feira (17), 280 trabalhadores do Instituto de Cardiologia foram demitidos. O Sindisaúde-RS realizou um ato em frente à instituição após as demissões. “A recuperação judicial busca sensibilizar a população e o Judiciário para que compreendam que a Fundação não pode parar. Se isso acontecer, milhares de gaúchos que dependem dos seus serviços serão penalizados. A medida é o único caminho viável para que se tenha tempo de elaborar um plano de ação para conter os problemas financeiros da instituição”, destaca Silvio Luciano Santos, do escritório MSC Advogados, que está à frente do processo.
A Fundação Universitária de Cardiologia (FUC), administradora do Instituto de Cardiologia, apresentou nesta segunda-feira (20) pedido de recuperação judicial junto à Vara Regional Empresarial da Comarca de Porto Alegre. O passivo da FUC é de R$ 233.741.655,19, acumulado ao longo dos últimos anos por razões estruturais e fatores externos, como a pandemia de Covid-19, desequilíbrio nas tabelas SUS e problemas no IPE Saúde.

Além do Instituto de Cardiologia, a Fundação é responsável pelo Hospital de Alvorada; Hospital Padre Jeremias, de Cachoeirinha; Instituto de Cardiologia Hospital Viamão; Hospital Regional de Santa Maria e Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal.

Os hospitais seguem abertos e em atendimento, sem qualquer prejuízo às cirurgias e consultas agendadas. Da mesma forma, os prontos atendimentos seguem funcionando. Juntas, as instituições foram responsáveis por mais de 2 milhões de atendimentos entre janeiro e outubro deste ano, incluindo atendimentos ambulatoriais, serviços de emergência, cirurgias, partos, entre outros. Desse montante, 85% dos pacientes foram atendidos via Sistema Único de Saúde (SUS).

“Temos, desde nossa fundação, nos anos 1960, o compromisso de prestar um atendimento de qualidade para a população gaúcha e brasileira. Por esta razão, entendemos que essa medida é a única que temos para garantir a manutenção dos nossos serviços sem prejuízos à sociedade”, argumenta em nota Oswaldo Luis Balparda, Superintendente Executivo.

A Fundação Universitária de Cardiologia tem mais de quatro mil colaboradores. Na última sexta-feira (17), 280 trabalhadores do Instituto de Cardiologia foram demitidos. O Sindisaúde-RS realizou um ato em frente à instituição após as demissões.

“A recuperação judicial busca sensibilizar a população e o Judiciário para que compreendam que a Fundação não pode parar. Se isso acontecer, milhares de gaúchos que dependem dos seus serviços serão penalizados. A medida é o único caminho viável para que se tenha tempo de elaborar um plano de ação para conter os problemas financeiros da instituição”, destaca Silvio Luciano Santos, do escritório MSC Advogados, que está à frente do processo.

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