Não importa se faz chuva ou sol. A popularidade de Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha, morto há 38 anos, segue em alta. O túmulo do cantor e compositor tradicionalista, em um dos principais corredores do Cemitério da Santa Casa, recebe grande atenção do público.
Leia também: Teixeirinha segue vivo no coração dos fãs 35 anos após sua morte
A estátua em bronze com o artista e seu violão, em tamanho natural, atrai olhares até de quem não foi ao local procurar por ele. Alguém sempre sabe um pouco da trajetória do cancioneiro natural de Rolante, mas que teve sua imagem associada à cidade de Passo Fundo, no norte do Estado.
Ao longo deste feriado de Finados, muita gente passou pelo local. Embalados pela memória, alguns começavam a entoar músicas interpretadas pelo artista. Outros embalavam lembranças e histórias associadas a ele.
Muitos param para contemplar a figura, rezar, deixar flores ou mesmo para ler os dizeres na lápide de Teixeirinha. Alguns não perdem a oportunidade toda vez que vão ao cemitério.
“Conheci o Teixeirinha há 57 anos, quando ele foi fazer uma apresentação em Santa Maria. Meus pais gostavam muito. Escutávamos as músicas que ele cantava no rádio. E também assisti a vários filmes. Hoje, sempre que venho visitar meus familiares, passo por aqui para deixar uma flor”, contou nesta quinta-feira de Finados a admiradora Mercy de Almeida Martins, 75 anos, orgulhosa.
Assim como ela, Paulo César Freitas Vargas, de Rosário do Sul, parou em frente à estátua, tirou o chapéu, fez o sinal da cruz e se colocou em oração por alguns minutos. Ele se conecta ao cantor pela mãe, já falecida, que sempre acompanhava a obra de Teixeirinha.
Com os olhos marejados, Vargas observou que visita o túmulo de Teixeirinha pela segunda vez. Lembrou títulos de filmes protagonizados pelo artista e de canções que emocionavam a casa da família, na Fronteira Oeste, onde ele ainda mora. E seguiu em frente, tímido, mas feliz por ter, de certa forma, homenageado também a mãe.


Facebook
Google
Twitter