O Outubro Rosa levanta o alerta sobre fatores que podem prevenir o câncer de mama e auxiliar na recuperação de pacientes que tiveram a remissão da doença. Um dos principais aliados nessa jornada é a atividade física, que pode reduzir a incidência da doença e auxiliar mulheres que se recuperam do câncer de mama.
É possível reduzir o risco da doença ao praticar atividades físicas regularmente, manter o peso corporal adequado, adotar uma alimentação saudável e evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Como instituição que trabalha no atendimento a pacientes com câncer de mama e na educação e conscientização quanto à importância do autocuidado, o Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama/RS) promove atividades físicas dentro da programação do Outubro Rosa em Porto Alegre. Serão realizados o Imama Bike Day, no próximo dia 21, e a Caminhada dos 30 anos do Instituto, no dia 29.
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Indo para sua terceira edição, o evento que reúne os praticantes do ciclismo será realizado no próximo sábado, às 9h, com saída da Rótula das Cuias, na Orla do Guaíba, com destino à Redenção. "Percebemos que pacientes procuram depois da remissão, o ciclismo, porque elas alegam que se sentem bem, além de uma sensação de liberdade e da convivência com outros grupos, elas também visitam lugares. Então, tem todo um retorno que é importante para essa paciente", destaca Rita Cunha, diretora executiva do IMAMA/RS.
Já a Caminhada dos 30 anos, que será realizada no último domingo do mês, terá concentração no Parque Moinhos de Vento (Parcão) às 9h e saída rumo à Redenção às 10h, onde serão realizadas atividades culturais. "Os exercícios físicos são uma possibilidade de se prevenir doenças, não só as oncológicas, mas todos os tipos de doença, não as físicas, mas também as mentais", diz a diretora executiva.
Rita antecipou que o nome "Caminhada das vitoriosas" não será mais utilizado pelo Imama nos próximos anos. "Quando falamos em vitória, quer dizer que alguém ganhou alguma coisa e alguém perdeu. Sabemos que, hoje, qualquer tipo de câncer virou uma doença crônica, muitas vezes a pessoa com qualidade de vida tem uma boa expectativa mesmo com câncer avançado, metastático, ela pode viver 20 anos", exemplifica. Ainda, a transição de nome visa estimular que familiares que perderam seus entes queridos possam participar da caminhada como forma de honrar as pessoas.
Para participar tanto do Bike Day quanto da caminhada é preciso adquirir uma camiseta do Outubro Rosa 2023. Os pontos de venda são a Rede de Farmácias Agafarma, um quiosque no Shopping João Pessoa, na loja da Usaflex da Rua da Praia e nos shoppings da Rede Bourbon (apenas aos fins de semana). O lucro é destinado para o Imama/RS, que atende gratuitamente cerca de mil pacientes em tratamento oncológico.
"Eu quero saúde, é só o que eu venho buscando desde que eu descobri o meu câncer", diz Duda Streb
A jornalista Duda Streb consolidou sua carreira na área de esportes. Apaixonada por diferentes modalidades, praticava atividades como squash, padel e futebol, mas de maneira irregular. "Eu era aquela atleta de fim de semana", lembra Duda.
Diagnosticada com câncer de mama em dezembro de 2021, aos 48 anos, a jornalista afirma que nunca imaginou que pudesse ter a doença. "Me achava saudável e que a minha saúde estava bem tranquila. Não sou obesa, não tenho problema com álcool ou com cigarro, nada", comenta.
Entre o diagnóstico e o início do tratamento não houve muito tempo para digerir o que estava acontecendo. "O que eu pensava muito é que eu tinha que passar por aquele choque e ir à luta, enfrentar de frente", afirma Duda.
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A mastectomia para retirada da mama esquerda foi em janeiro de 2022, seguida por três meses de quimioterapia e 18 injeções que foram aplicadas até o início deste ano. Pelos próximos 10 anos, utilizará um bloqueador hormonal para evitar o retorno do câncer.
"Terminei o tratamento exausta. A gente tem dor nas pernas, não tem disposição para nada. Fiz um esforço muito grande para voltar os exercícios", conta Duda. No início, ela tinha certo receio por conta da retirada da mama, mas foi soltando a musculatura do lado esquerdo com o tempo e, hoje, vê evolução em sua mobilidade, tem trocado gordura por massa muscular e busca ossos mais fortes, já que teve perda óssea por conta do câncer.
"Os benefícios não são por vaidade, não são porque quero um corpo lindo para botar biquíni. Eu quero saúde, é só o que eu venho buscando desde que descobri o meu câncer", finaliza Duda.


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