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Geral

Patrimônio

- Publicada em 11 de Maio de 2023 às 00:35

Governo quer otimizar o uso correto dos imóveis do Estado

Danielle Calazans conta que o painel foi estruturado de forma consolidada e transparente para a sociedade

Danielle Calazans conta que o painel foi estruturado de forma consolidada e transparente para a sociedade


Palácio Piratini/Divulgação/JC
Após anos de levantamento de dados, o governo do Estado lançou um painel de imóveis do Rio Grande do Sul. A ferramenta, que foi desenvolvida pela Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão, disponibiliza a localização, características e tipos de ocupação de cada patrimônio. Ao todo, 61 servidores foram envolvidos no processo de lançamento da ferramenta. Para buscas, é possível escolher vários filtros, que auxiliam a pesquisar dentre os mais de 12 mil imóveis catalogados. Entretanto, ainda restam mais de 1.200 terrenos e construções que estão no processo de coleta e confirmação de dados. Para saber mais sobre o painel, o Jornal do Comércio conversou com a titular da pasta, secretária Danielle Calazans. O portal pode ser acessado no site rsimoveis.rs.gov.br.
Após anos de levantamento de dados, o governo do Estado lançou um painel de imóveis do Rio Grande do Sul. A ferramenta, que foi desenvolvida pela Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão, disponibiliza a localização, características e tipos de ocupação de cada patrimônio. Ao todo, 61 servidores foram envolvidos no processo de lançamento da ferramenta. Para buscas, é possível escolher vários filtros, que auxiliam a pesquisar dentre os mais de 12 mil imóveis catalogados. Entretanto, ainda restam mais de 1.200 terrenos e construções que estão no processo de coleta e confirmação de dados. Para saber mais sobre o painel, o Jornal do Comércio conversou com a titular da pasta, secretária Danielle Calazans. O portal pode ser acessado no site rsimoveis.rs.gov.br.
Jornal do Comércio - Como foi o processo de criação do painel de imóveis?
Danielle Calazans - O Tribunal de Contas do Estado (TCE) recomendou que tivesse uma governança maior em relação à gestão dos imóveis. Já era uma coisa que a equipe vinha trabalhando e acabamos atuando de forma mais estruturada e dedicada. Então, em princípio, tudo começou sendo um grande processo de higienização, como a gente chama o levantamento de dados, confirmação das informações e também conferência in loco. Aí veio a ideia de reunir isso em um único painel, um centro de informações de toda essa carteira de imóveis. Com base nessa provocação iniciada pelos órgãos de controle e já sendo uma coisa que a administração sentia falta dentro da sua lógica de gestão, estruturamos de forma consolidada e transparente para a sociedade.
JC - Antes do portal, qual era o meio para se ter informações sobre um imóvel?
Danielle - A pessoa teria que utilizar os meios como ouvidoria, Lei de Acesso à Informação ou até mesmo pedido junto à Secretaria de Patrimônio do Estado, que eram processos totalmente analógicos. Hoje, a gente já consegue ter as informações transparentes no portal, disponível a todos.
JC - Quais os tipos de imóveis cadastrados e a categorização?
Danielle - É possível filtrar a situação do imóvel, se ele está ocupado, liberado para venda ou com algum destino. São vários tipos de filtros, você consegue filtrar por localização, pela posição geográfica. Além disso, é possível gerar relatórios e trabalhar com esses dados.
JC - Quais são os planos de utilização dos imóveis?
Danielle - A partir dos dados catalogados, é possível ter uma visão macro da situação dos imóveis do Estado, para poder fazer o uso correto e melhor destinação. Queremos trabalhar com uma melhor alocação dos espaços físicos. Temos um viés social, em articulação com a Secretaria de Habitação, vamos fazer uma parceria para a regularização fundiária, algo voltado para moradia social. Mas também queremos evitar e diminuir os custos do Estado em relação à locação, utilizando melhor esses prédios que estariam disponíveis e que agora conseguimos fazer um planejamento mais adequado.
JC - E qual o interesse de venda dos terrenos e imóveis?
Danielle - Então, a gente trabalha com três frentes. Na permuta, trabalhamos com os outros Poderes. No painel, vai aparecer que muitos imóveis estão desocupados, mas eles podem estar em processo de permuta, que é a troca entre o Estado e municípios. Além disso, tem o processo de venda, que é feito pela central de compras. Nos últimos anos, temos feito poucas vendas, porque não tínhamos noção de todos os imóveis e onde eles estavam. A partir de agora, com as essas informações, trabalharemos mais forte nessa linha. Por fim, temos uma contratação junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) feita em 2019, que é a modulação de cerca de 300 ativos, que estamos estudando para criar um fundo de investimento imobiliário para gerar recursos ao Estado.
Mapa de Imóveis do RS/Divulgação/JC
Ainda restam 1,2 mil imóveis para serem analisados pela Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão. GOVERNO DO RS/DIVULGAÇÃO/JC
 
JC - A prefeitura de Porto Alegre entrou em contato para fazer uma parceria, ou tentar replicar o método do painel, com os imóveis municipais?
Danielle - A gente tem tido contato e conversa com algumas prefeituras. Assim, a nossa intenção como governo do Estado é colocar uma ferramenta que possa ser replicada de alguma forma para o bem da população. Então, não tenho como dizer que teve algum contato direto, mas com certeza durante todo esse processo a gente veio em articulação com as prefeituras.
JC - Em relação às permutas, algum município já entrou em contato?
Danielle - Muitos. Estamos fazendo permuta o tempo inteiro. Se você olhar hoje a quantidade de imóveis cadastrados, amanhã já vai ter uma quantidade diferente. Temos um departamento específico com vários processos de permutas. A gente entende que é bem vantajoso, não só para o Estado, mas também para os municípios.
JC - Qual o destino do valor arrecadado com as vendas?
Danielle - Todas as receitas provenientes da venda de ativos vão para um fundo regulamentado, o Fundo Estadual de Gestão Patrimonial - FEGEP, na lei Nº 12.144, de 2004.
JC - O Estado já tem ideia de destinação para alguns imóveis ou alguma parceria?
Danielle - Temos feito parcerias o tempo todo, com os municípios, com a Secretaria de Cultura e também com a de Educação, para melhor uso desses imóveis. A partir do painel, a intenção é melhorar a gestão e conseguir agir de forma mais proativa para formar essas parcerias. É possível ainda criar parcerias público privadas ou com convênios.