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Educação

- Publicada em 14 de Fevereiro de 2023 às 14:48

Reajuste da mensalidade escolar na rede privada chega a 11,7%

Sindicato afirma que escolas realizaram investimentos em infraestrutura e tecnologia

Sindicato afirma que escolas realizaram investimentos em infraestrutura e tecnologia


Noelci Barros/Divulgação/JC
Cláudio Isaias
As mensalidades na rede privada de ensino do Rio Grande do Sul sofreram um reajuste médio de 11,7%. O levantamento foi feito pelo Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS), com 145 escolas associadas - o que representa 49% do universo dos associados. O custo com pessoal foi o principal item na composição da mensalidade escolar, outros fatores que mais afetaram no orçamento das escolas foram os novos investimentos em infraestrutura e tecnologia, seguidos de contas públicas, como água e luz, e aluguéis.
As mensalidades na rede privada de ensino do Rio Grande do Sul sofreram um reajuste médio de 11,7%. O levantamento foi feito pelo Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS), com 145 escolas associadas - o que representa 49% do universo dos associados. O custo com pessoal foi o principal item na composição da mensalidade escolar, outros fatores que mais afetaram no orçamento das escolas foram os novos investimentos em infraestrutura e tecnologia, seguidos de contas públicas, como água e luz, e aluguéis.
O presidente do Sinepe/RS, Oswaldo Dalpiaz, diz que, quando uma escola elabora a sua previsão orçamentária, ela tem duas preocupações: o equilíbrio das contas e a possibilidade dos pais pagarem o reajuste. "O que aconteceu nos últimos anos é que as instituições de ensino perderam um pouco o equilíbrio que tinham historicamente", ressalta. No que diz respeito ao equilíbrio das contas, três pontos são considerados: custo da folha, despesas de manutenção (despesas como água, luz e telefone) e investimentos nas escolas.
De acordo com Dalpiaz, as escolas ainda estão sentindo o impacto econômico da pandemia. "No último ano, tivemos um aumento significativo em investimentos para atender aos protocolos para o retorno às aulas presenciais, como ampliações de espaços físicos e aquisição de equipamentos para as aulas híbridas. Muitas escolas ainda estão pagando essa conta. Não foi possível repassar na integralidade esses custos no reajuste das mensalidades porque as famílias também estavam com dificuldades", ressalta.
O dirigente destaca que muitas escolas estão investindo em infraestrutura, capacitação e tecnologias em função do novo Ensino Médio. "Os investimentos apareceram entre os dez maiores custos das instituições de ensino que foram citados na pesquisa", explica. O dirigente comenta que o aumento das mensalidades não pode ter como único critério a inflação do período. "Existem outros componentes como as contas públicas, como luz, por exemplo, que é um dos principais custos de uma escola e que tiveram um aumento superior a 11% neste ano", acrescenta. O levantamento aponta ainda que equipamentos como computadores aumentaram mais de 20% em função da pandemia. Em relação ao número de alunos, a pesquisa mostra que 86% das escolas esperam pelo menos manter ou aumentar o número de estudantes. Já, 14% das instituições de ensino projetam uma redução na ordem de até 20%.
O ano letivo na rede privada do Rio Grande do Sul começou no dia 13 de fevereiro. Segundo o Sinepe/RS, a maioria das instituições de ensino retorna com as atividades até o dia 22 de fevereiro. Porém, escola possui autonomia para definir seu calendário, desde que cumpra os 200 dias letivos, previstos em lei. A rede particular de ensino conta com 426 mil alunos matriculados na Educação Básica e 414 mil na Educação Superior - dados do último Censo do Ministério da Educação (MEC). O ano letivo termina no dia 22 de dezembro. O recesso escolar no meio do ano, previsto na convenção coletiva e, portanto, obrigatório para todas as instituições de ensino, será de 24 a 30 de julho.
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