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Trabalho

- Publicada em 26 de Dezembro de 2022 às 12:52

Projeto capacitou cerca de 700 jovens profissionalmente em 18 anos de atuação

O Projeto Pescar nasceu em 2004 para ser um caminho de oportunidades para jovens

O Projeto Pescar nasceu em 2004 para ser um caminho de oportunidades para jovens


Nick Fotografias/DIVULGAÇÃO/JC
Estfany Soares
O Pescar, projeto social profissionalizante, formou cerca de 700 jovens em 18 anos de atuação. “Não dar o peixe, mas ensinar a pescar”, é o preceito que guia o projeto, que tem como objetivo central capacitar jovens e inseri-los no mercado de trabalho.
O Pescar, projeto social profissionalizante, formou cerca de 700 jovens em 18 anos de atuação. “Não dar o peixe, mas ensinar a pescar”, é o preceito que guia o projeto, que tem como objetivo central capacitar jovens e inseri-los no mercado de trabalho.
O Projeto Pescar nasceu em 2004 para ser um caminho de oportunidades a crianças carentes de comunidades desassistidas, unindo duas condições básicas: educação e trabalho. “Mais do que apenas ensinar ou dar um ofício, o programa quer que esses jovens escrevam suas histórias e sejam protagonistas nelas”, afirma Marise Mariano, responsável pelo projeto.
Com foco em atuação nos bairros Humaitá, Navegantes e Vila Farrapos, que formam o 4° Distrito, segundo Marise, a região hoje está em ebulição econômica e cultural, no entanto, por muito tempo e ainda é uma região excluída de Porto Alegre, assim sendo nítida a necessidade de criar programas sociais que ajudem essa parcela da população. “A região sempre foi caracterizada por diversas fábricas e outros modelos de empresas. Pensando nisso, unimos o empresariado local para atuar formando talentos na comunidade”, explica.
Além disso, o projeto se adapta às demandas presentes no bairro, que por um tempo foi o ramo têxtil e mecânica. Atualmente, há maior demanda para a área de logística, assim sendo intensificada esse modelo de aprendizagem.
Com 700 jovens que já passaram pelo projeto nesses anos, muitas realidades também foram transformadas, como é o caso da Kawanna Severo e Bruna Mendonça. Kawanna entrou para o programa assim que completou 16 anos, em 2014. A jovem conheceu o Pescar através de outros familiares que já haviam passado por lá. “Vi a oportunidade de dar um passo dentro do mercado de trabalho desde cedo, de construir independência não só financeira mas pessoal, pois todo jovem busca reconhecimento e crescimento no futuro”, ressalta.
Kawanna é formada em direito, que era seu sonho desde a época em que fazia parte do Pescar, e atualmente estuda para a prova da OAB. Segundo ela, após sua passagem no Pescar, nunca mais perdeu uma oportunidade de emprego. “O Pescar, na minha visão, não te oferece só um trabalho, eles te ensinam as coisas básicas da vida, a convivência com pessoas, trabalho em equipe, criar uma rotina, ter responsabilidade, dentre outras questões", destaca.
Através de sua escola de Ensino Fundamental, em 2017, Bruna conheceu o Pescar, e foi lá que, segundo ela, conheceu muitas pessoas e se aproximou do “mundo corporativo”. “Eu fui em busca de ser uma profissional, melhorando minha postura, comunicação e comprometimento”, destaca. No final do curso, Bruna foi convidada para ser secretária do Projeto Pescar, atuando nas atividades administrativas e conhecendo profissionais do RH. “Foi lá onde me encontrei no Recrutamento e Seleção”, conta.
Após ficar seis anos no projeto, a jovem foi buscar novos desafios. "Adoro estar em contato com as pessoas e o Pescar me deu uma oportunidade que eu abracei e hoje meu trabalho me traz a possibilidade de ajudar outras pessoas”, acrescenta.
A sede da Unidade Pescar fica junto a área de escritório do DC Shopping, um espaço que conta com duas salas de aula, vestiários e copa onde os jovens começar a experimentar as rotinas da vida profissional. A unidade conta com dois educadores sociais. Desde a seleção dos jovens, supervisão técnica, orientação de turma, construção do currículo, tudo é supervisionado pela equipe da Fundação Pescar.
Para se inscrever no projeto é preciso ter o Ensino Médio completo (ou em andamento) ou a partir do 7º ano do Ensino Fundamental e ter renda familiar de até meio salário mínimo por pessoa. O curso é destinado para jovens que não tenham concluído ou estejam cursando algum tipo de curso técnico/profissionalizante e sem experiências sistemáticas no mercado formal de trabalho.
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