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Carnaval

- Publicada em 04 de Dezembro de 2022 às 12:54

Bloco da Laje movimenta a Redenção em ensaio para o Carnaval 2023

Enquanto a realização do Carnaval de Rua em 2023 ainda está sob a avaliação da administração municipal, o grupo segue na preparação para a maior festa popular do País

Enquanto a realização do Carnaval de Rua em 2023 ainda está sob a avaliação da administração municipal, o grupo segue na preparação para a maior festa popular do País


RAMIRO SANCHEZ/ESPECIAL/JC
Maria Amélia Vargas
Nem o dia lusco-fusco afastou os brincantes que acompanharam o ensaio do Bloco da Laje neste domingo (4), no Parque Farroupilha, na Capital. Saudosos da folia, porto-alegrenses de idades diversas aqueceram o gogó e os pés ao som dos tamborins do coletivo que faz parte do cenário cultural da cidade desde 2012. Enquanto a realização do Carnaval de Rua em 2023 ainda está sob a avaliação da administração municipal, o autointitulado “grupo cênico, musical e carnavalizado” segue na preparação para a maior festa popular do País.
Nem o dia lusco-fusco afastou os brincantes que acompanharam o ensaio do Bloco da Laje neste domingo (4), no Parque Farroupilha, na Capital. Saudosos da folia, porto-alegrenses de idades diversas aqueceram o gogó e os pés ao som dos tamborins do coletivo que faz parte do cenário cultural da cidade desde 2012. Enquanto a realização do Carnaval de Rua em 2023 ainda está sob a avaliação da administração municipal, o autointitulado “grupo cênico, musical e carnavalizado” segue na preparação para a maior festa popular do País.
A fundadora e diretora-artística do bloco, Julia Ludwig, conta que as comemorações dos 10 anos de apresentações foi adiada pelo distanciamento social. “Esta data tão esperada vai ser celebrada em 2023. Por isso, o batizamos de “Carnaval da Revanche”, o mesmo nome do que ocorreu depois da peste negra, em 1920. É um grito de ‘nós vencemos, estamos vivos e vamos comemorar’, ocupando o espaço público de forma que seja um benefício para todos os envolvidos”, completa.
Parceiro na direção artística do grupo, Diego Machado, acredita que um dos motivos para o sucesso popular das apresentações é uma carência dos cidadãos pelo acesso à cultura. “Faltam políticas públicas voltada à arte, então este crescimento de interesse pelos blocos de rua se dão por esta razão. As pessoas veem este espaço como uma alternativa de um encontro gratuito e saudável”, aponta Machado.
Além da diversão, o cenário favorece também a economia local. Segundo o distribuidor da cerveja artesanal Tupiniquim, Carlos Alberto da Silva Júnior, estes eventos são fundamentais para aumentar as vendas e apresentar o produto para um público cada vez maior. “Chegamos a vender 300 litros em fins de semana bons, com atividades como estas”, destaca.
O vendedor de churrasquinho Juscelino dos Santos também festeja a ocasião, comercializando mais de 80 espetinhos nos melhores dias. “Os mais procurados são os de carne e os mistos, com carne, frango e salsichão”, avalia o autônomo.
A arrecadação de fundos para o projeto também tem vez nessas ocasiões. De acordo com a “fada madrinha” do bloco, Mari Falcão, a procura por brasões e copos aumentam quando há ensaios abertos. E a movimentação financeira vai mais longe, afirma a também produtora do bloco Alessandra Rodrigues. “As lojas de tecido vendem muitos artigos com as nossas cores, e assessórios já prontos, como adereços com o nosso nome estampado”, frisa a organizadora.
Inspirada pelas apresentações, a sanitarista Bela Garcia, de 21 anos, passou de admiradora para componente da banda. A jovem, que já tocava flauta, encontrou no bloco “mais um espaço para as gurias tocarem e contribuírem para o espetáculo”.
Assim como Bela, outros fãs acompanham os shows e os ensaios há muito tempo. A empreendedora Kelly Streb, 38 anos, segue o grupo há 13 anos. Ela considera estes momentos importantes para a democracia, pois “é uma atividade multicultura, voltada para a diversidade e aberta ao público”. Da mesma forma, o professor de música Lucas Moraes, gosta de participar destes momentos como uma maneira de ampliar os seus conhecimentos profissionais. “É uma aula vir aqui e entender como pode haver um resultado tão brilhante com músicos que, na maioria, não têm conhecimento formal do instrumento”.
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