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Urbanismo

- Publicada em 28 de Novembro de 2022 às 19:17

Porto Alegre: Mudanças de empresas travam revitalização de praças da Zona Sul

Entre as praças da Zona Sul que devem passar por manutenção em 2023 está a João Bergman, na Vila Assunção

Entre as praças da Zona Sul que devem passar por manutenção em 2023 está a João Bergman, na Vila Assunção


ISABELLE RIEGER/JC
Não é de agora que a revitalização de todas as 685 praças de Porto Alegre está nos planos da prefeitura. Quando o prefeito Sebastião Melo assumiu, em janeiro de 2021, havia um contrato ativo da gestão Nelson Marchezan de cerca de R$ 46 milhões para a revitalização de 663 áreas, das quais apenas 18 previstas para a primeira etapa haviam sido entregues. Passados quase dois anos de mandato e com contratos de uma nova licitação ativos, desde o ano passado 225 praças já foram revitalizadas. Embora a quantidade de espaços qualificados tenha avançado nos lotes Norte e Centro/Leste, as praças da Zona Sul já estão no terceiro contrato, com a reforma não saindo do papel.
Não é de agora que a revitalização de todas as 685 praças de Porto Alegre está nos planos da prefeitura. Quando o prefeito Sebastião Melo assumiu, em janeiro de 2021, havia um contrato ativo da gestão Nelson Marchezan de cerca de R$ 46 milhões para a revitalização de 663 áreas, das quais apenas 18 previstas para a primeira etapa haviam sido entregues. Passados quase dois anos de mandato e com contratos de uma nova licitação ativos, desde o ano passado 225 praças já foram revitalizadas. Embora a quantidade de espaços qualificados tenha avançado nos lotes Norte e Centro/Leste, as praças da Zona Sul já estão no terceiro contrato, com a reforma não saindo do papel.
Divididas em três lotes, as praças são distribuídas para duas empresas diferentes. A região Norte, com 245 praças e três parques, pertence ao mesmo contrato que a região Centro/Leste, que contém 213 praças e quatro parques. Ambas estão sob responsabilidade da Eco Projetos e Construções Ltda. Já o lote Sul/Extremo Sul, com 227 praças e 2 parques, foi destinado à Aríete Engenharia Eireli apenas em outubro deste ano.
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"Logo que assumimos a gestão, tivemos uma rescisão, porque a empresa responsável estava com um trabalho moroso e não estava entregando um serviço de qualidade nas praças da Zona Sul", comenta o secretário de Serviços Urbanos (Smsurb), Marcos Felipi Garcia. Em 2021, quem realizava a manutenção da região era a Construtora Tecnirama Eireli, de Curitiba.
Com a troca de empresa, em maio deste ano, a manutenção das praças da Zona Sul da Capital passou a ser realizada pela Silpav Construções Ltda. Porém, mais uma vez, o contrato foi rompido. "Rescindimos porque a empresa não estava prestando um bom serviço", complementa Garcia. Com a chegada de uma terceira construtora, em outubro, a expectativa é de que entre 20 e 30 praças da Zona Sul sejam atendidas no próximo ano.
Em cada praça, é realizada uma ordem de serviço, que define os equipamentos que precisam ser recuperados. Essa ordem é entregue para as empresas, que retornam com um cronograma. Dentro do prazo estipulado, que varia entre duas a três semanas, em casos de praças menores, há uma margem para eventos adversos que possam impedir a realização do trabalho. Com a entrega realizada, a empresa recebe o pagamento ou uma ordem de recuperação do serviço.
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Durante as fiscalizações do trabalho realizado pelas empresas anteriores, os atrasos foram notificados e aplicou-se as sanções previstas em contrato, sendo elas notificação, advertência, multa e rescisão. De acordo com a Smsurb, também foi realizada uma comparação com o andamento do trabalho executado em outros lotes.
O atraso na entrega das praças pela Silpav Construções Ltda ocorreu devido a um erro de engenharia no orçamento do telamento, um dos principais equipamentos. A empresa alega que não conseguiria seguir o serviço com prejuízos. Conforme a construrora, esse erro foi revisto e reajustado pela prefeitura para a empresa do outro lote, mas foi negado para o lote Sul.
"Os brinquedos tinham especificações exclusivas da Secretária Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus). Então, tinha apenas um fornecedor no município e tive que me adequar, precisei montar uma fábrica e isso levou tempo", comenta um dos responsáveis pela empresa.
Segundo a Silpav Construções, a prefeitura solicitou ainda um aumento de equipe. No entanto, as ordens de serviço eram entregues uma de cada vez, o que dificultou a previsão de longo prazo para investimento.
Procurada em momentos diferentes pelo Jornal do Comércio, a Construtora Tecnirama Eireli, de Curitiba, não retornou aos pedidos de entrevista.
 

Prefeitura deve contratar pintores e marceneiros para pequenas manutenções com maior agilidade

Além de uma nova empresa para o lote Sul, até o fim de novembro, a prefeitura irá abrir uma licitação para contratação de mão de obra terceirizada. As vagas serão destinadas, principalmente, para pintores e carpinteiros. A ideia é que três carros circulem pela cidade com profissionais capacitados para a realização de serviços rápidos, aumentando o número de praças atendidas. Hoje, a média para este tipo de manutenção é de 10 praças por mês. Com o atendimento rápido a meta é alcançar entre 20 a 25 praças a cada mês.
Entre as praças da Zona Sul que devem passar por manutenção em 2023 estão a Comendador de Souza Gomes, localizada no bairro Tristeza, e a João Bergman, na Vila Assunção. As duas receberam corte de grama mensal no último dia 11, porém, necessitam de ajustes maiores como, por exemplo, a troca de equipamentos. Na João Bergman, alguns brinquedos estão quebrados, o que impossibilita que sejam usados.
No mês de agosto, a Smsurb lançou uma licitação para novos brinquedos de praças. Atualmente, estão disponíveis 8 tipos de equipamentos diferentes. O catálogo de serviços para 2023 apresenta 16 novos modelos de brinquedos e 9 equipamentos de exercício físico.
"Na Zona Sul, vamos continuar dando manutenção naqueles brinquedos existentes. Na medida que tivermos novos recursos, iremos trocar. Vamos começar pelos parques, pelo volume de pessoas que recebem", comenta.

Prefeitos de Praça contribuem para manutenção de espaços

Outro ponto importante no cuidado e preservação desses espaços públicos é o trabalho realizado pelos Prefeitos de Praça. Até agosto, Porto Alegre totalizava 155 líderes voluntários e moradores dispostos a contribuir na manutenção das 685 praças. A meta é alcançar 250 voluntários até dezembro, em comemoração aos 250 anos da cidade.
Preocupada com as questões do bairro Espírito Santo, também na Zona Sul, a prefeita da Praça Laura Fulginiti, Vera Lucia de Camillis, realiza o reparo do espaço, executando a pintura de bancos e troncos de árvores. "Montamos um piquete pequeno e fizemos uma festa Farroupilha, onde todo mundo brincou e tomou chimarrão. As crianças da escola (O Mundo Mágico da Alegria) plantaram flores e, inclusive, consegui um pé de erva mate".
O diálogo entre os prefeitos de praça ocorre por meio de um grupo no WhatsApp, onde os integrantes colocam sugestões e palpites sobre o que está sendo feito. Já a troca de informações com a prefeitura acontece através da subprefeitura. Cada região de Porto Alegre tem um gestor responsável pela área. No caso da Zona Sul, quem realiza o trabalho é a Adriana Viegas. Além disso, essa troca de informações também ocorre por meio da gerente de praças, Regina Machado.
"Nunca precisei chamar a Regina para vir até aqui, mas vejo que outros prefeitos fazem isso e são atendidos. Solicitei algumas lixeiras, que ainda não recebi, mas já foi realizado o pedido", diz Vera.