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Saúde

- Publicada em 12 de Novembro de 2022 às 14:28

Negligência na vacinação é maior na população acima de 50 anos, aponta pesquisa

Adesão à vacina contra Covid-19 em nível mundial chegou a 88%

Adesão à vacina contra Covid-19 em nível mundial chegou a 88%


LUIZA PRADO/JC
Agência Brasil
A população acima de 50 anos, embora preocupada com a saúde, nem sempre busca por vacinas disponíveis para proteção contra doenças imunopreveníveis, segundo pesquisa realizada pela Kantar, em parceria com a GSK, que produz e comercializa vacinas. Ao todo, foram ouvidos nove países, incluindo o Brasil.
A população acima de 50 anos, embora preocupada com a saúde, nem sempre busca por vacinas disponíveis para proteção contra doenças imunopreveníveis, segundo pesquisa realizada pela Kantar, em parceria com a GSK, que produz e comercializa vacinas. Ao todo, foram ouvidos nove países, incluindo o Brasil.
Para o gerente médico de vacinas da farmacêutica GSK e infectologista Emersom Mesquita, não existe necessariamente uma contradição entre o número de pessoas que se preocupam em fazer check-up de rotina e a alta proporção de pessoas que negligenciam vacinas.
"Isso aponta para o fato de que ainda existe um espaço para o crescimento da importância da imunização do adulto de forma geral. É muito tentador tentar estabelecer uma causa única, mas esse problema da adesão à vacinação sem dúvida é multivariado. Um dos fatores é a percepção de risco. O adulto entende que está saudável e que mesmo que adquira aquela doença infecciosa, não vai evoluir para complicações, quando isso não necessariamente é verdade", avalia.
Durante a pesquisa, foram ouvidos 9.902 adultos no Brasil, Reino Unido, Estados Unidos, Itália, Espanha, Alemanha, França, Canadá e Japão. Uma das conclusões que mostram a preocupação dos entrevistados com a saúde é que 81% deles declararam ter feito check-up de rotina nos últimos 5 anos. No Brasil, esse percentual foi ainda maior, e chegou a 89%.
A adesão dos entrevistados à vacina contra a Covid-19 também foi considerada positiva: 88% receberam ao menos uma dose do imunizante. Contudo, quando outras vacinas são consideradas, esse número cai gradativamente.
Entre os que responderam ao questionário online nos nove países, somente 56% receberam a vacina da gripe alguma vez durante os cinco anos anteriores. Vale ponderar que a pesquisa inclui pessoas com mais de 50 anos de idade, enquanto, no Brasil, a vacina contra a gripe tem como população-alvo os adultos de ao menos 60 anos de idade, entre outros grupos.
O percentual de entrevistados que tomou a vacina contra a pneumonia foi de apenas 14%, e os que se imunizaram contra a herpes zoster chega a apenas 10%. No caso do Brasil, a vacina contra a pneumonia é indicada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) para pessoas a partir dos 60 anos de idade em condições clínicas especiais, como acamados, hospitalizados ou institucionalizados. Para os demais, a vacinação pode ser obtida apenas em clínicas privadas. Já a vacina contra a herpes zoster não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e só pode ser obtida na rede particular.
A pesquisa indica ainda que os profissionais de saúde são uma peça importante na adesão à vacinação, porque 71% dos entrevistados consideram esses profissionais uma fonte-chave de informação.
Nos mesmos países, além dos 9,9 mil pacientes, foram ouvidos 685 profissionais de saúde, e 72% deles afirmam que costumam dizer aos seus pacientes que eles estão na faixa etária recomendada para uma vacina. Já 74% dos profissionais da saúde costumam dizer aos seus pacientes que, devido à idade, eles estão em risco aumentado de doenças infecciosas, mesmo que se sintam saudáveis.
O estudo aponta que nem sempre essa é a melhor abordagem de comunicação. Segundo os pesquisadores, os dados sinalizam que a informação "você precisa de uma vacina porque você está envelhecendo" não motiva os pacientes, enquanto a recomendação "impulsionar o seu sistema imunológico coloca você de volta no controle" é recebida de forma mais positiva.
"Podemos ver que diferentes formas de comunicar são capazes de produzir impactos diferentes com relação à motivação do usuário para se vacinar, e isso é muito importante porque sublinha a importância das estratégias de comunicação. Uma lição importante aqui é que, além do arsenal intuitivo que os profissionais de saúde carregam sobre o tema, esse estudo e outros estudos são necessários para apontar melhores estratégias de comunicação", disse Mesquista.
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