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Justiça

- Publicada em 24 de Outubro de 2022 às 13:22

Julgamento de réus acusados de atacar grupo de judeus em Porto Alegre começa no dia 27

Grupo de skinheads, de ideologia neonazista, atacou judeus no bairro Cidade Baixa

Grupo de skinheads, de ideologia neonazista, atacou judeus no bairro Cidade Baixa


Tribunal de Justiça/Divulgação/JC
O júri dos réus acusados de atacar um grupo de judeus em Porto Alegre, em 2005, será realizado na próxima quinta-feira (27). O julgamento ocorrerá no plenário de grandes júris da Capital, no segundo andar do Foro Central I. A sessão será presidida pela juíza de Direito Lourdes Helena Pacheco da Silva, titular do 2º Juizado da 2ª Vara do Júri da Comarca da cidade. Serão julgados os réus Valmir Dias da Silva Machado Júnior; Israel Andriotti da Silva e Leandro Maurício Patino Braun, acusados de três tentativas de homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa dos ofendidos), associação criminosa e crime de discriminação ou preconceito racial. Os fatos ocorreram no dia 8 de maio daquele ano, no bairro Cidade Baixa.
O júri dos réus acusados de atacar um grupo de judeus em Porto Alegre, em 2005, será realizado na próxima quinta-feira (27). O julgamento ocorrerá no plenário de grandes júris da Capital, no segundo andar do Foro Central I. A sessão será presidida pela juíza de Direito Lourdes Helena Pacheco da Silva, titular do 2º Juizado da 2ª Vara do Júri da Comarca da cidade. Serão julgados os réus Valmir Dias da Silva Machado Júnior; Israel Andriotti da Silva e Leandro Maurício Patino Braun, acusados de três tentativas de homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa dos ofendidos), associação criminosa e crime de discriminação ou preconceito racial. Os fatos ocorreram no dia 8 de maio daquele ano, no bairro Cidade Baixa.
Segundo a acusação, Rodrigo Fontella Matheus, Edson Nieves Santanna Júnior e Alan Floyd Gipsztejn caminhavam pela esquina das ruas Lima e Silva e República, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, quando foram atacados por um grupo de skinheads, de ideologia neonazista. As vítimas usavam quipás (pequeno chapéu em forma de circunferência, usado pelos judeus). O grupo de agressores estava dentro do bar Pinguim quando avistaram os rapazes em frente ao estabelecimento. Matheus foi golpeado com arma branca, socos e pontapés. O crime só não se consumou pois a vítima contou com a intervenção de terceiros que estavam no local, bem como com pronto de atendimento médico.
Edson Nieves Santanna Júnior também foi atacado pelo grupo - mediante golpes de arma branca, mas conseguiu escapar e buscar abrigo dentro do bar. Por último, Gipsztejn foi atacado, mas também conseguiu fugir para o interior de um estabelecimento.
Os réus serão julgados pelo Conselho de Sentença formado por sete jurados e presidido por Lourdes. Serão ouvidas 11 testemunhas, sendo cinco arroladas pela assistência à acusação e seis pelas defesas. Pelo Ministério Público, vão atuar os promotores de Justiça Luiz Eduardo Azevedo e Lúcia Helena de Lima Callegari. Como advogados da assistência à acusação atuarão Helena Druck Sant Anna, Hélio Neumann Santanna e Victor Luiz Barcellos Lima.
A defesa de Valmir Dias da Silva Machado Júnior será realizada pelo advogado Gustavo Saar Gemignani; Israel Andriotti da Silva será defendido pelos advogados José Paulo Schneider dos Santos e Júlio Cesar Zanotto Doro. Já Leandro Maurício Patino Braun será representado pela Defensora Pública Tatiana Kosby Boeira.
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Federação Israelita do Rio Grande do Sul (FIRS) estarão presentes no júri. O julgamento será acompanhado pelo vice-presidente da Conib, Daniel Bialski, e o vice-presidente jurídico da FIRS, Márcio Chachamovich, que representará o presidente da entidade, Sebastian Watenberg. "Infelizmente, o ódio e a intolerância ainda estão impregnados na sociedade. Mas não podemos tratar casos deste tipo como apenas mais um, precisamos punir devidamente os culpados. A FIRS, como entidade representante política da comunidade judaica no Estado, estará ao lado das famílias e da comunidade judaica dando apoio e cobrando justiça", acrescentou Watenberg.
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