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Tradicionalismo

- Publicada em 20 de Setembro de 2022 às 19:13

Último dia do Acampamento Farroupilha atrai mais de 100 mil pessoas

Extinção da Chama Crioula marcou final do evento

Extinção da Chama Crioula marcou final do evento


Jefferson Klein/Especial/JC
Jefferson Klein
Uma manhã e tarde com temperaturas amenas e sem chuva, assim como o cheiro de churrasco, foram atrativos especiais para chamar o público para o encerramento do Acampamento Farroupilha no Parque Harmonia, em Porto Alegre. Nessa terça-feira, no feriado gaúcho de 20 de setembro, conforme estimativas dos organizadores do evento, de 110 mil a 130 mil pessoas (o que seria suficiente para mais que lotar a Arena gremista e o Beira-Rio, juntos) passaram pelo espaço. Também foi realizada no local a extinção da Chama Crioula, que simboliza o final das festividades Farroupilha.
Uma manhã e tarde com temperaturas amenas e sem chuva, assim como o cheiro de churrasco, foram atrativos especiais para chamar o público para o encerramento do Acampamento Farroupilha no Parque Harmonia, em Porto Alegre. Nessa terça-feira, no feriado gaúcho de 20 de setembro, conforme estimativas dos organizadores do evento, de 110 mil a 130 mil pessoas (o que seria suficiente para mais que lotar a Arena gremista e o Beira-Rio, juntos) passaram pelo espaço. Também foi realizada no local a extinção da Chama Crioula, que simboliza o final das festividades Farroupilha.
Desde o início das atividades do acampamento, em 1º de setembro, o cálculo é que aproximadamente 1,4 milhão de pessoas transitaram pelo lugar. Há ainda outros números expressivos, como 230 piquetes e mais em torno de cem operações comerciais (ambientes gastronômicos, de artesanato, entre outros) espalhados por 100 mil metros quadrados (a área total do parque é de 175 mil metros quadrados), assim como o consumo de cerca de 800 toneladas de churrasco. Tudo isso embalado constantemente por músicas como Querência Amada e Céu, Sol, Sul, Terra e Cor.
O Acampamento Farroupilha deste ano foi uma realização da GAM3 Parks (empresa que assumiu no ano passado a concessão do Parque Harmonia e do trecho da Orla 1 do Guaíba) e Comissão Municipal dos Festejos Farroupilhas de Porto Alegre. O sócio-diretor de negócios da GAM3 Parks, Vinícius Garcia, lembra que o evento está sendo celebrado novamente, de maneira presencial, depois de dois anos, devido à pandemia de coronavírus. “É uma virada de chave, no momento que Porto Alegre completa 250 anos e o Acampamento Farroupilha 40 anos”, enfatiza o dirigente.
A concessão da GAM3 Parks é de 35 anos, podendo ser renovável, e Garcia recorda que a realização do Acampamento Farroupilha no parque é uma obrigação prevista no edital. Nesta primeira vez que o encontro está sendo feito com o espaço concedido para a iniciativa privada, o evento passou por um difícil teste: o incêndio em dois piquetes. Sobre o fato, Garcia diz que ainda está sendo aguardado o laudo pericial, mas, em princípio, o incidente foi ocasionado por um curto-circuito de uma geladeira.
Ele destaca a agilidade com que a situação foi tratada, sendo que em menos de 48 horas os piquetes já estavam montados novamente e operando. Além disso, o dirigente frisa que todos esses espaços contam com Planos de Prevenção e Combate a Incêndios (PPCIs). O sócio-diretor de negócios da GAM3 Parks adianta que até sexta-feira (23) será lançada uma pesquisa, online, destinada a todos os acampados para coletar críticas e sugestões. Também será feita uma reunião com representantes da prefeitura de Porto Alegre para fazer uma avaliação do evento.
Nesse sentido, o prefeito da capital gaúcha, Sebastião Melo, considera esse como “o acampamento da retomada”. Ele salienta ainda que a parceria entre o poder público e a iniciativa privada pode ser considerada como bem-sucedida. “Agora vamos olhar para os próximos acampamentos, avaliar e corrigir possíveis erros que tivemos”, afirma Melo.
Porém, em uma primeira impressão, a experiência foi aprovada tanto por organizadores como pelo público participante. O advogado Elton Marques Pereira, 37 anos, que estava nesta terça-feira no Parque Harmonia, comenta que há vários piquetes de amigos dele no local. “Tenho vindo quase todos os dias”, diz Pereira. Ele é frequentador do evento há cerca de duas décadas. Sobre o encontro deste ano, o advogado considerou que a estruturação está mais organizada. Um destaque feito por Pereira foi a presença de mais pessoal da área de segurança próximo das entradas, assim como um afastamento maior entre os piquetes, o que facilita a circulação das pessoas.
Para Pereira, o Acampamento Farroupilha serve para celebrar as tradições gaúchas, encontrar os amigos e comer um bom churrasco. O pedreiro aposentado José Ávila, 65 anos, de São Luiz Gonzaga, também é assíduo no acampamento e acrescenta que, assim como a boa comida e as conversas, é uma oportunidade para saborear uma “geladinha”. Segundo ele, esse é um momento especial de reencontro, passadas as restrições impostas durante o período mais grave da pandemia de Covid-19.
Por sua vez, a auxiliar técnica Carla Motta, 30 anos, também considerou esse acampamento como um momento de reencontro, já que desde criança ela acompanha o acontecimento. Nascida em Porto Alegre, mas naturalizada portuguesa, ela reside na Europa há cerca de sete anos. “É muito bom voltar, é sempre uma emoção. Nos anos que ficamos lá foi difícil não ter o Acampamento Farroupilha”, conclui Carla. A desmontagem dos piquetes deve ser concluída até o final de setembro.
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