Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Gente

- Publicada em 17 de Setembro de 2022 às 10:17

Morre Paulo Brasil, pioneiro no trabalho das comunidades terapêuticas no RS

'Coronel Brasil', como era chamado, atuou por três décadas na recuperação de dependentes

'Coronel Brasil', como era chamado, atuou por três décadas na recuperação de dependentes


ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
Referência no engajamento e trabalho voluntário para recuperação de dependentes químicos no Rio Grande do Sul, o coronel Paulo Laureano Brasil morreu aos 85 anos em Porto Alegre. Brasil foi um dos fundadores da Pacto, que envolve ações do Programa de Auxílio Comunitário Terapêutico, criada em 1989.
Referência no engajamento e trabalho voluntário para recuperação de dependentes químicos no Rio Grande do Sul, o coronel Paulo Laureano Brasil morreu aos 85 anos em Porto Alegre. Brasil foi um dos fundadores da Pacto, que envolve ações do Programa de Auxílio Comunitário Terapêutico, criada em 1989.
Por décadas, o "coronel Brasil", como era chamado por sua carreira no Exército Brasileiro, dedicou-se a mobilizar esforços e a orientar o apoio a milhares de dependentes que passaram pela ONG. 
O fundador da Pacto faleceu no fim da noite de quinta-feira (15) em casa, no bairro Petrópolis, na Capital. Brasil vinha passando por tratamento de um câncer descoberto recentemente.
As cerimônias de despedida ocorrem neste sábado, até as 18h, na capela 2, do Crematório e Memorial Angelus, que fica na avenida Porto Alegre, 320, no bairro Medianeira. 
Brasil deixa os filhos Marcelo, Cristina, Jack e Adenilson. Outro filho, o repórter fotógrafo que atuou no jornal Zero Hora, Mário Henrique, faleceu em janeiro deste ano. O coronel também tinha seis netos. Sua esposa, Miriam, que faleceu em 2014, também foi uma das fundadoras da Pacto. 
"Meu pai, deixaste um legado de amor e esperança! Vai em paz!", escrever a filha Jack, em seu perfil no Instagram.
"Um dia tristíssimo, duro... Ficam os ensinamentos, o aprendizado, todo o legado e a eterna saudades", escreveu Adenilson, no Facebook.
Brasil foi um dos grandes mobilizadores da Pacto em mais de três décadas. A ONG formou uma rede de apoio e ações, com estruturas para acolhimento, orientação e cuidados terapêuticos formada pela sede em Porto Alegre e uma fazenda montada pelo grupo, situada em Viamão.
Pela Fazenda do Senhor Jesus. passaram milhares de dependentes em busca de recuperação. O local tem área para plantio, horta, produção própria de alimentos e acompanhamento médico, psicológico e espiritual.
"O Brasil é um ícone. Encontrar alguém para substitui-lo não vai ser fácil", disse, com emoção, o colega de carreira militar e de Pacto, Lino Fernandes Pereira.
"Ele era um homem de extrema espiritualidade. A fazenda é um lugar de 'fazer milagres', porque muitos não conseguiriam superar a adição. O Brasil conduziu este trabalho incansavelmente por 33 anos", descreveu Pereira. 
Entre os "rapazes" que passavam pelo programa de nove meses na fazenda, o fundador conquistou um respeito ilimitado, contou Pereira, que é um dos coordenadores administrativos da unidade.
O coronel Brasil se tornou à medida que o programa ganhava mais respeito e reconhecimento no Rio Grande do Sul e no Brasil uma figura central, principalmente pela amizade e pelas relações que foi construindo, muitas delas cruciais para manter o projeto, que é completamente voluntário.
"As saudades serão infinitas e sua memória estará sempre guardada em nossos corações", postou a Pacto de Porto Alegre. 
Brasil fez parte da diretoria da Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (Febract). 
"Com profundo pesar, a Febract comunica o falecimento de Paulo Laureano Brasil, o Coronel Brasil, pioneiro na história das Comunidades Terapêuticas do Rio Grande do Sul. Nós nos solidarizamos com toda a família da Pacto de Porto Alegre onde o Cel. Brasil, em tudo, amou e serviu", postou a entidade.
Nos últimos anos, o militar ocupava a diretoria de espiritualidade e semanalmente ia até a fazenda para dedicar o dia a conversas e palestras com o grupo. Brasil só havia interrompido essa rotina há dois meses devido aos problemas de saúde.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO