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transporte

- Publicada em 12 de Julho de 2022 às 11:23

Ciclovia da Ipiranga deve passar por reparos nos próximos dias, prevê prefeitura

A SMMU planeja o início de obras de manutenção na ciclovia da Ipiranga nos próximos 30 dias

A SMMU planeja o início de obras de manutenção na ciclovia da Ipiranga nos próximos 30 dias


Luiza Prado/JC
Fernanda Soprana
Os problemas da ciclovia da Ipiranga, que geram uma série de riscos aos ciclistas de Porto Alegre, podem ser resolvidos em breve. O secretário de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior, planeja dar início às obras de manutenção da maior ciclovia da capital gaúcha nos próximos 30 dias.
Os problemas da ciclovia da Ipiranga, que geram uma série de riscos aos ciclistas de Porto Alegre, podem ser resolvidos em breve. O secretário de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior, planeja dar início às obras de manutenção da maior ciclovia da capital gaúcha nos próximos 30 dias.
"Já fizemos a auditoria e, junto com outras secretarias, estamos procedendo para fazer a recuperação destes pontos que estão mais prejudicados. Eu diria que nos próximos 30 dias, se o problema não for totalmente resolvido, pelo menos terá começado a manutenção — especialmente nos pontos onde o pavimento acabou levantando por causa das raízes de árvores", afirma.
O orçamento previsto para a manutenção e segurança viária em 2022 é de R$ 5,5 milhões, segundo o secretário. Castro Jr. explica que as Secretarias de Obras e Infraestrutura (SMOI) e de Serviços Urbanos (SMSU), assim como o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), já foram contatadas e devem elaborar um cronograma de manutenções nos próximos dias. "Uma parte das obras é da EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), principalmente a sinalização e os guard-rails. Mas a pavimentação envolve a SMMU e outras secretarias", explica.
Em reportagem do JC publicada na semana passada, que detalha os problemas enfrentados por ciclistas que passam pela Ipiranga, a SMMU previa iniciar intervenções nas ciclovias até o final do ano. Os ciclistas relataram rachaduras, desníveis, vegetação sobre a pista e outras questões — algumas, já causaram acidentes.
 
Uma denúncia unânime pelos ciclistas é o a utilização da rede cicloviária por pedestres, corredores e praticantes de outros esportes, como skate, patins e mais. Para eles, o uso indevido é perigoso tanto para todos os envolvidos. A solução mais defendida é o reforço da sinalização, mas a prefeitura deve ir por outro caminho.
Castro Jr. diz que a SMMU está desenvolvendo campanhas de conscientização sobre o tema. "A resposta não será em forma de fiscalização; será através da educação. Acho que é bem razoável o uso compartilhado dos espaços, desde que cada um possa respeitar o momento adequado. Muitas vezes, ao longo do dia, percebemos que as ciclovias estão ociosas. Então, o pedestre as utiliza para uma corrida. Mas há outros momentos em que o tráfego é maior, que é quando o pedestre deve evitá-la, até pela segurança dele", destaca.
Até então, a secretaria prevê duas campanhas educativas, direcionadas tanto aos ciclistas como para outros públicos. "Às vezes, o ciclista também utiliza os espaços prioritários de forma inadequada. Por exemplo, quando conduz a bicicleta na contra-mão, ou ao percorrer a calçada mesmo onde há uma ciclovia ou ciclofaixa", constata. 

Qualificação e expansão da rede cicloviária

A manutenção das ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas integra um projeto maior, voltado à qualificação da rede cicloviária de Porto Alegre. De acordo com Castro Jr., há forte demanda da população pela viabilização de mais espaços para bicicletas e de maior qualidade.
Com investimento de R$ 6 milhões, o projeto estadual Avançar Cidades prevê ampliação de 32 quilômetros até 2024. Castro Jr. relata que isso já está em estágio avançado "daqui a pouco" deve entrar em licitação. Há, ainda, mais 50 quilômetros a serem acrescidos com recursos do Banco de Desenvolvimento da América Latina, ou CAF (Corporação Andina de Fomento), e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
"O plano diretor projeta 495 quilômetros de extensão da rede cicloviária. Não há um prazo, só uma meta de quilometragem, feita lá em 2009. Nós temos, hoje, 70 quilômetros de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas e, até 2024, chegaremos a 100 quilômetros. Mas já temos outros 50 quilômetros previstos, apesar de não haver um projeto elaborado ainda", ressalta.
Além disso, a SMMU deve viabilizar mais 30 quilômetros de conexões entre os espaços prioritários. Segundo Castro Jr., o caráter da implementação da rede cicloviária causou alguns gargalos.
"As obras de contrapartida ou da própria prefeitura para a recuperação de algumas vias são oportunidades para implantar ciclovias e ciclofaixas. Com isso, evidentemente, a rede acabou ficando desconexa. Nós já mapeamos 30 quilômetros de conexões da rede existente, que possivelmente vamos fazer com recursos próprios ao longo dos próximos meses ou anos", ele detalha.
Castro Jr. acrescenta que o projeto adota uma estratégia para aproximar a rede cicloviária ao transporte público de Porto Alegre. "O projeto não é só sobre 'ciclovias'. O objetivo é qualificar o uso da bicicleta em Porto Alegre, o que abrange a manutenção e melhoria do espaço existente, a ampliação da rede e a qualificação da experiência com as estações de bikes compartilhadas e a proximidade com estações e terminais do transporte coletivo", explica o secretário.
Atualmente, a capital gaúcha tem 41 estações de bicicletas compartilhadas, totalizando cerca de 410 bikes. Está em andamento o credenciamento de outras 100 estações, o que deve aumentar a frota para a casa dos mil — também é avaliada a integração de bicicletas elétricas.
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