Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Clima

- Publicada em 15 de Maio de 2022 às 18:28

Ciclone de trajetória incomum coloca RS em alerta

Além do vento ocasionado pelo ciclone, que pode chegar a 140 km/h, massa de ar frio faz temperaturas despencarem no RS

Além do vento ocasionado pelo ciclone, que pode chegar a 140 km/h, massa de ar frio faz temperaturas despencarem no RS


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A preferência por frio ou calor pode até dividir os gaúchos, mas cenários catastróficos e instabilidade em excesso são condições que estão aquém de preferências. E a previsão para o Rio Grande do Sul entre terça (17) e quarta-feira (18) é uma dessas situações. Além do frio previsto para essa semana, conforme prognóstico da MetSul Meteorologia, há uma potencial circunstância de alto risco no RS e em Santa Catarina, devido à incidência de um ciclone de trajetória e características atípicas – algo fora do comum no que se observa nas latitudes médias da América do Sul. O fenômeno, que avança do mar em direção ao continente, é que vai impulsionar o ar mais gelado, trazendo frio ao RS e levando temperaturas muito abaixo do normal ao Centro-Oeste e ao Sudeste. Além disso, há previsão de vento muito forte, com rajadas intensas por várias horas, oferecendo perigo de danos estruturais e transtornos em serviços públicos.
A preferência por frio ou calor pode até dividir os gaúchos, mas cenários catastróficos e instabilidade em excesso são condições que estão aquém de preferências. E a previsão para o Rio Grande do Sul entre terça (17) e quarta-feira (18) é uma dessas situações. Além do frio previsto para essa semana, conforme prognóstico da MetSul Meteorologia, há uma potencial circunstância de alto risco no RS e em Santa Catarina, devido à incidência de um ciclone de trajetória e características atípicas – algo fora do comum no que se observa nas latitudes médias da América do Sul. O fenômeno, que avança do mar em direção ao continente, é que vai impulsionar o ar mais gelado, trazendo frio ao RS e levando temperaturas muito abaixo do normal ao Centro-Oeste e ao Sudeste. Além disso, há previsão de vento muito forte, com rajadas intensas por várias horas, oferecendo perigo de danos estruturais e transtornos em serviços públicos.
A MetSul adverte que existem incertezas ainda quanto à evolução do ciclone, mas o conjunto de dados já permite antecipar a possibilidade de vento forte a intenso no Sul e no Leste do RS, onde está localizada Porto Alegre. “Se as projeções menos agressivas dos modelos se confirmarem já é alta a probabilidade que venham a ocorrer alguns transtornos para a população. Nos piores cenários indicados pelos modelos, o risco de impactos é grave”, alerta em boletim.
Para esta segunda-feira, o RS deve ter sol entre nuvens, com mínima de 2°C e máxima de 17°C. Geadas não estão descartadas.
Em Porto Alegre, a situação não se difere muito, com a temperatura variando entre 9°C e 15°C. A semana terá muita umidade, presença de nuvens, chuva e baixa sensação térmica.

Impactos irão variar de acordo com a trajetória que o ciclone percorrer

Os principais modelos usados pela meteorologia, apontam para o mesmo cenário: baixa pressão retrógrada que avança do mar para o continente, o que é extremamente incomum. Normalmente, os ciclones que se formam no Sul – incluindo Uruguai e Argentina – distanciam-se do continente. Este vai observar uma trajetória oposta. A baixa pressão se afastará da costa gaúcha por cerca de mil quilômetros e, subitamente, dará uma guinada de volta à terra firme, por isso a trajetória retrógrada.
Um dos pontos de incerteza sobre a trajetória do ciclone está em seu percurso ao passar pelo Sul do Brasil. Dependendo do caminho que percorrer, os impactos podem ser menores ou graves. Neste fim de semana, os modelos meteorológicos que indicavam o ciclone margeando a costa gaúcha apontavam vento no litoral entre 120 km/h a 140 km/h. Já os que apontavam o ingresso do sistema no continente sinalizavam de 80 km/h a 100 km/h, em média. Devido à divergência entre os modelos utilizados, a MetSul alerta para a necessidade de a população e as autoridades ficarem atentas quanto às atualizações de prognóstico.
Ciclones que desempenham trajetória retrógrada, como os modelos projetam para este sistema, são extremamente incomuns e pouquíssimas vezes vistos. O episódio mais conhecido é o furacão Catarina, em março de 2004, que se intensificou até atingir o status de furacão e tocar a terra no Sul do estado vizinho.