Enquanto tenta
restabelecer a energia para milhares de consumidores afetados pelos temporais, a CEEE Equatorial, nova dona da ex-estatal CEEE-D, vai precisar repor um número considerável de profissionais que perdeu para um programa de demissão voluntária promovido em 2021, após assumir a estatal e, por tabela, a concessão.
A demora em restabelecer o abastecimento
gerou cobrança pesada da Agergs (Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul) que cogita aplicar punição por descumprimento de prazos de contratos. O governador Eduardo Leite falou em
"punição pedagógica", mas defendeu a privatização.
Em nota, a empresa diz que o Programa de Demissão Voluntária (PDV), feito em 2021, teve a adesão de 998 pessoas, todas de áreas operacionais, como obras, serviços de campo, área comercial, fiscalizações e plantões de atendimento. São estes setores que precisam entrar em campo quando ocorrem situações críticas, como a atual, com impactos do clima para a infraestrutura de energia.
"Até outubro de 2022, aproximadamente 1,6 mil funcionários terceirizados serão contratados pela companhia de energia para serviços de obras, serviços de campo, comerciais, fiscalizações e plantões de atendimento, sendo que 70% deste contingente já será efetivado no primeiro semestre deste ano", explica a nova concessionária.
O Jornal do Comércio informou recentemente que havia oferta de mais de 500 vagas para eletricista ofertadas em agências do Sine e que seriam para terceirizadas que atuarão com a concessionária.