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Educação

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2022 às 20:29

Comissão de Restauro do Instituto de Educação, em Porto Alegre, defende Projeto 100% Escola

Investimento no prédio do Instituto foi incluído no Avançar na Educação

Investimento no prédio do Instituto foi incluído no Avançar na Educação


/ANDRESSA PUFAL/JC
Adriana Lampert
A comunidade escolar e a comissão de restauro do Instituto de Educação (IE) Flores da Cunha, em Porto Alegre, se reuniram nesta quarta-feira (9) para defender o Projeto 100% Escola para a ocupação do prédio. Em coletiva à imprensa, representantes do Conselho Escolar do IE lembraram que até o momento o governador Eduardo Leite ainda não atendeu à solicitação de audiência, feita em outubro pela Comissão de Restauro da Instituição. "Fizermos diversas tentativas, inclusive com abaixo assinado, mas ele continua nos ignorando", concordou a diretora do IE, Alessandra Lemos.
A comunidade escolar e a comissão de restauro do Instituto de Educação (IE) Flores da Cunha, em Porto Alegre, se reuniram nesta quarta-feira (9) para defender o Projeto 100% Escola para a ocupação do prédio. Em coletiva à imprensa, representantes do Conselho Escolar do IE lembraram que até o momento o governador Eduardo Leite ainda não atendeu à solicitação de audiência, feita em outubro pela Comissão de Restauro da Instituição. "Fizermos diversas tentativas, inclusive com abaixo assinado, mas ele continua nos ignorando", concordou a diretora do IE, Alessandra Lemos.
O apelo à imprensa para a importância da preservação do prédio para uso integral de atividades escolares, ao contrário do que propõe o governo - que quer instituir no local o Museu Escola do Amanhã e o Centro Gaúcho de Educação Mediada por Tecnologias, gerido pela iniciativa privada - contou com o apoio de diversas entidades sindicais e da deputada estadual Sofia Cavedon.
"Estamos juntos neste processo", afirmou a presidente do Cpers-Sindicato, Helenir Aguiar Schürer. Ela observa que "existem outros espaços em Porto Alegre" para abrigarem os projetos do governo destinados ao IE. "Ao invés de investir na estrutura da escola, e adequar à realidade de uma instituição pública e gratuita, Leite usa um ano eleitoral para sustentar uma mentira envolvendo projetos da iniciativa privada", disparou um representante da Adufrgs-Sindical.
Em 18 de janeiro, quando a ordem de reinício das obras do IE foi lançada, o governador lembrou que o aporte expressivo significaria um investimento para além da função do prédio como uma instituição de ensino. Com as melhorias, segundo Leite, o objetivo é fazer do local um complexo referência em formação de docentes e um espaço que aproxime as pessoas das novas formas de conhecimento, além de preparar professores e alunos para os desafios e exigências da nova economia, pautada na inovação. "Esse local, que traz na sua própria história um papel de referência, não pode ser apenas uma escola, mas sim um farol para toda a nossa rede de ensino", afirmou Leite na ocasião.
"Esse foi um espaço ocupado por mais de 2 mil alunos", lembra Alessandra. No decorrer dos últimos anos, por conta da dispersão das atividades do IE - que hoje se distribuem em quatro prédios diferentes, a instituição perdeu mais de 600 estudantes. A comissão diz também que nenhum representante da comunidade escolar do IE foi convidado para o ato.
"Cada vez que nos ignoram, ficamos mais preocupados com nossa escola. Eles querem usar 4 mil m2 de um prédio de 6 mil m2, o que significa que se o projeto vingar iremos perder toda a estrutura, o que irá nos reduzir pouco mais de mil alunos", desabafa Alessandra.
As tratativas para a restauração dos prédios começaram em 2011. Desde então as obras tiveram várias paradas por conflitos entre empresa e governo. "Defendemos uma história de 152 anos do prédio que sempre funcionou como escola de formação de professores, e agora o governo pensa que o prédio pertence à atual gestão, e pode fazer o que bem entender com isso", critica a presidente do Conselho de Educação do IE, Ceniriani Vargas.
Patrimônio cultural do Rio Grande do Sul, o instituto é a mais antiga escola de formação de professores do Estado, fundada em 1869. O investimento no prédio foi incluído nos recursos anunciados pelo Estado no programa Avançar na Educação, lançado em outubro do ano passado e que, ao todo, aplica R$ 1,2 bilhão para a qualificação do ensino no RS.
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