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Geral

- Publicada em 08 de Novembro de 2021 às 11:36

Escolas estaduais apostam no revezamento na volta às aulas presenciais

Retorno se dá pouco mais de um mês antes do término do ano letivo na rede pública

Retorno se dá pouco mais de um mês antes do término do ano letivo na rede pública


MARIANA ALVES/JC
Juliano Tatsch
Faltando pouco mais de um mês para o ano letivo de 2021 se encerrar – o calendário da Secretaria Estadual de Educação (Seduc-RS) determina o encerramento do ano na rede pública gaúcha para o dia 15 de dezembro – as escolas do Rio Grande do Sul, sejam elas municipais, estaduais ou privadas, tiveram de se readaptar para receber a totalidade dos seus alunos. Isso porque, a partir desta segunda-feira (8) as aulas presenciais são obrigatórias no Rio Grande do Sul, conforme decreto publicado no dia 29 de outubro pelo governo do Estado.
Faltando pouco mais de um mês para o ano letivo de 2021 se encerrar – o calendário da Secretaria Estadual de Educação (Seduc-RS) determina o encerramento do ano na rede pública gaúcha para o dia 15 de dezembro – as escolas do Rio Grande do Sul, sejam elas municipais, estaduais ou privadas, tiveram de se readaptar para receber a totalidade dos seus alunos. Isso porque, a partir desta segunda-feira (8) as aulas presenciais são obrigatórias no Rio Grande do Sul, conforme decreto publicado no dia 29 de outubro pelo governo do Estado.
O impacto maior se dá na rede pública, onde o ensino remoto ainda se mantinha com força. Com uma estrutura inferior à encontrada na rede privada, as escolas públicas têm mais dificuldade em manter o distanciamento exigido nos protocolos de saúde.
Boa parte das escolas consultadas pela reportagem do Jornal do Comércio indicam que o retorno dos alunos às salas de aula está se dando com boa adesão. No entanto, o revezamento dos alunos será mantido, principalmente em razão da exigência do distanciamento mínimo de 1 metro entre os alunos, que é difícil de ser praticado em escolas com salas de aula com espaço menor.
Diretora da Escola Estadual de Ensino Fundamental Gabriela Mistral, localizada no bairro Santo Antônio, em Porto Alegre, a professora Aline Dornelles aponta que os alunos estão retornando. “Temos uma boa adesão nesse retorno. Já estávamos praticando o revezamento há algum tempo. Então, já tínhamos feito essa adaptação. Como nossa escola é de turno integral, estamos fazendo um revezamento em dois grupos”, aponta a educadora.
A escola administrada por Aline conta com cerca de 380 alunos tem turmas com, em média, 25 alunos. “Estamos com entre 10 e 12 alunos em sala de aula”, diz a diretora.
O retorno obrigatório é duramente criticado pelo Cpers Sindicato, que representa os professores da rede pública estadual. Conforme o vice-presidente da entidade, Alex Saratt, os professores não foram ouvidos pelo governo do estado e a decisão é “açodada” e traz estranhamento.
“Vemos com estranheza e insatisfação a decisão de retomar a as aulas presenciais faltando tão poucos dias para o encerramento do ano letivo. Foi uma decisão açodada. Faltou diálogo com a comunidade escolar, com o sindicato também, para que pudéssemos ponderar e expressar nossas insatisfações. A obrigatoriedade traz um problema que poderia ser evitado”, aponta o professor.
Para Saratt, a falta de diálogo da Secretaria Estadual de Educação com as comunidades escolares marcou todo o período da pandemia. “Durante todo o tempo, as decisões a respeito do ano letivo ficaram concentradas na Seduc. Os estudantes, suas famílias e os profissionais da educação precisavam ter sido ouvidos. O Cpers tem uma tradição de discussão didática e pedagógica muito consistente. A trajetória do ensino remoto e, depois, do híbrido foi de muito ziguezague. O ideal seria encerrar o ano nas condições já apresentadas. Foi uma decisão quase de surpresa que, no nosso modo de ver, não vai implicar em uma melhoria substantiva”, opina.
Na rede privada, a situação é diferente. A maior parte das escolas já havia retomado o ensino presencial antes do decreto do governador Eduardo Leite.
Com 3.275 alunos matriculados o Colégio Anchieta, na Capital, trabalha com praticamente a totalidade dos alunos em sala de aula. Na Educação Infantil (3 a 5 anos), 99% das crianças já estão tendo aulas presencialmente. No Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano), a presença é de 98%. Já no Ensino Fundamental 2 (6º ao 9ºAno) e no Ensino Médio, em torno de 85% dos alunos está tendo aulas presenciais.
De acordo com o Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS), 73,5% das escolas privadas gaúchas conseguirão receber, a partir desta segunda-feira, todos os alunos em sala de aula. Os dados são de uma pesquisa realizada pelo sindicato de 1 a 4 de novembro, com 113 instituições associadas da Educação Básica (Educação Infantil, ensinos Fundamental e Médio e cursos técnicos).
O levantamento aponta que, em função do distanciamento mínimo de um metro entre os estudantes, 23,9% das escolas ainda precisarão fazer rodízio. A necessidade de revezamento ocorrerá, em média, em 30% das turmas.
Para o presidente do Sinepe/RS, Bruno Eizerik, a expectativa para esse retorno é positiva. “A volta às aulas presenciais tem relevância não só na questão pedagógica, mas também socioemocional, o convívio no ambiente escolar é fundamental para nossas crianças e jovens. Apesar de estarmos próximos do final do ano letivo, todo dia de aula importa, e felizmente agora os estudantes estarão na sala de aula”, afirma.
Confira as principais regras que deverão seguidas nas escolas:
  • Distanciamento mínimo de 1 metro entre os estudantes. (O novo decreto possibilita que as instituições que não puderem assegurar o distanciamento mínimo devido ao tamanho do espaço físico escolar poderão adotar o sistema de revezamento dos estudantes. Para tanto, deverão assegurar a oferta do ensino remoto naqueles dias e horários em que os alunos não estiverem presencialmente na escola)
  • Uso obrigatório de máscara
  • Higienização constante das mãos
  • Ambientes ventilados
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