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Geral

- Publicada em 28 de Outubro de 2021 às 16:18

Grupo que defende ensino não presencial no RS pede adiamento da obrigatoriedade de alunos nas escolas

Aulas presenciais para alunos da Educação Básica  tornam-se obrigatórias em 3 de novembro

Aulas presenciais para alunos da Educação Básica tornam-se obrigatórias em 3 de novembro


LEONARDO AMARAL/REDE DE ENSINO CAMINHO DO SABER/DIVULGAÇÃO/JC
Fernanda Crancio
Contrário à retomada obrigatória do ensino presencial para a Educação Básica, conforme anunciado pelo governo do Estado nesta quarta-feira (27), o Grupo Direito ao Ensino Não Presencial Durante a Pandemia se manifestou oficialmente, por meio de nota, contestando a medida e pedindo o adiamento da decisão. Na visão do colegiado, que desde o início da crise sanitária se mobiliza pelo direito de pais, educadores e profissionais das escolas permanecerem em ensino remoto, ainda não há condições seguras da volta total de alunos às sala de aula, uma vez que as crianças ainda não foram vacinadas e boa parte dos adolescentes ainda está na primeira fase de imunização.
Contrário à retomada obrigatória do ensino presencial para a Educação Básica, conforme anunciado pelo governo do Estado nesta quarta-feira (27), o Grupo Direito ao Ensino Não Presencial Durante a Pandemia se manifestou oficialmente, por meio de nota, contestando a medida e pedindo o adiamento da decisão. Na visão do colegiado, que desde o início da crise sanitária se mobiliza pelo direito de pais, educadores e profissionais das escolas permanecerem em ensino remoto, ainda não há condições seguras da volta total de alunos às sala de aula, uma vez que as crianças ainda não foram vacinadas e boa parte dos adolescentes ainda está na primeira fase de imunização.
Em repúdio à decisão governamental, que passa a valer a partir do dia 3 de novembro para todos os alunos da Educação Infantil, do Ensino Médio e do Ensino Fundamental, das redes pública, privada e municipal, o grupo elencou 16 motivos contra a medida. Entre eles, contesta o retorno próximo ao final do ano letivo, o que deixa pouco tempo de readaptação dos estudantes que estão há mais de um ano e meio fora da sala de aula, destaca a não imunização de crianças e o andamento lento da vacinação de adolescentes e defende a manutenção do ensino híbrido para contemplar as famílias que ainda não se sentem seguros com a presencialidade em meio à pandemia.
"Retornando todos alunos, estaríamos forçando a antiga normalidade, com ausência do distanciamento protocolar para segurança sanitária de toda comunidade escolar e dificultando todos os demais cuidados sanitários também, como ventilação, álcool gel, uso regular de máscaras, limpeza dos ambientes, superfícies, etc.", diz o documento.
O grupo lança ainda estatísticas recentes do aumento de casos de Covid entre alunos em estados que já retomaram a totalidade das aulas, como São Paulo, onde o primeiro mês de retorno presencial obrigatório teria desencadeado mais de mil contaminações por coronavírus de estudantes e funcionários das escolas. "Estamos mantendo um bom andamento da redução das taxas de contaminação e óbitos da Covid-19 no RS, quando deveríamos pensar em tornar estáveis estas estatísticas no baixo patamar, não viabilizando que possa haver um aumento súbito com retorno presencial obrigatório de todos alunos da Educação Básica", enfatiza a nota.
Também é destacada a falta de estrutura adequada das escolas estaduais para adoção com propriedade dos protocolos de segurança sanitária, como levantado também pelo Cpers-Sindicato, logo após o anúncio do governo.
Por fim, o comunicado enfatiza que o retorno total das aulas presenciais aumentará a circulação nas ruas e o risco de contaminação entre a comunidade escolar e pede que a decisão governamental seja revista e adiada. "Movimentar toda a comunidade escolar implica na maior mobilidade urbana do Estado, onde temos professores, funcionários de escolas, alunos, familiares de todos esses mencionados, outros setores envolvidos, como transporte, alimentação, etc., diariamente em locomoção, fazendo com que o novo coronavírus se transmita mais facilmente", conclui o documento.
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