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- Publicada em 23 de Agosto de 2021 às 08:36

Manifestação dos servidores da Carris reduz ônibus em circulação

Manifestação ocorreu em frente à garagem da Carris na manhã desta segunda-feira (23)

Manifestação ocorreu em frente à garagem da Carris na manhã desta segunda-feira (23)


SINDICATO DOS RODOVIÁRIOS/ DIVULGAÇÃO/ JC
Cristine Pires
Atualizada às 10h - Quem precisou embarcar em algum dos ônibus da Carris na manhã desta segunda-feira (23) encontrou dificuldades. Desde cedo, servidores da companhia fazem manifestação em frente à garagem de onde saem os coletivos, na rua Albion, zona Leste de Porto Alegre, para impedir a saída dos veículos. Eles protestam contra o projeto de privatização da empresa e também contra o projeto de lei que prevê a extinção do cargo de cobrador. Dos 176 ônibus da companhia, apenas 66 circulavam até às 9h30, o que causa atraso nos horários.
Atualizada às 10h - Quem precisou embarcar em algum dos ônibus da Carris na manhã desta segunda-feira (23) encontrou dificuldades. Desde cedo, servidores da companhia fazem manifestação em frente à garagem de onde saem os coletivos, na rua Albion, zona Leste de Porto Alegre, para impedir a saída dos veículos. Eles protestam contra o projeto de privatização da empresa e também contra o projeto de lei que prevê a extinção do cargo de cobrador. Dos 176 ônibus da companhia, apenas 66 circulavam até às 9h30, o que causa atraso nos horários.
De acordo com a assessoria de comunicação da Carris, apesar do número reduzido, praticamente todas as linhas estão sendo atendidas "Já temos 66 ônibus circulando em 21 linhas, número ideal para atendimento neste horário da manhã. O maior reflexo para os passageiros é um pequeno atraso nas paradas até a normalização", informou a assessoria ao Jornal do Comércio. 
As linhas T11 e T12 são atendidas pelo Consórcio Viva Sul; T1 e T4 pelo Consórcio Mob; T6 e 343 pelo Consórcio Via Leste/Mais; e as demais pela própria Carris, por veículos que saíram da garagem.
A prefeitura de Porto Alegre informa, em seu site, que trabalha desde as primeiras horas da manhã para minimizar o impacto da paralisação da Carris. O atendimento das linhas de ônibus da companhia foi afetado em razão de uma manifestação dos rodoviários.
Para não deixar a população desassistida, a prefeitura, por meio da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), promoveu um esquema especial de transporte, onde foram remanejados veículos de outros consórcios de ônibus para atender as linhas da Carris.
A EPTC informa está desde a madrugada em operação emergencial para garantir o atendimento do transporte coletivo. Foi organizado um remanejo na operação com os consórcios, que atenderam algumas linhas da Carris que ficaram sem atendimento. Às 10h, todas as linhas voltaram a circular, algumas ainda com atrasos na tabela horária.
O prefeito Sebastião Melo se manifestou em suas redes sociais e classificou a paralisação dos rodoviários como inoportuna e acrescentou que "acontece justamente no momento em que a cidade busca retomar a normalidade. Ainda há muita gente desempregada e aqueles que possuem salário em dia, às custas do erário público, cruzam os braços". O prefeito disse ainda que cortará o ponto dos manifestantes e que também haverá corte de salários em caso de greve. 
No Twitter, Melo informou que pelo menos um ônibus das linhas da Carris - 343, T5, T2A - está operando sem cobrador, nesta manhã. "O valor da passagem pago à vista, em dinheiro, é de R$ 4. Hoje, atuação dos cobradores impacta em R$ 0,72 no valor da tarifa do transporte público", disse. "Isso está acontecendo devido a ausência de cobradores que estão em greve. Tão logo se apresentem, essa experiência estará suspensa, mas a população não pode ser prejudicada", afirmou.

Funcionários da Carris decidem por paralisação

Em reunião com o presidente da Carris, Maurício Cunha, na manhã desta segunda (23), a Comissão dos Funcionários da Carris recebeu a notícia de que será pedido um prazo ao prefeito Sebastião Melo para que a companhia mostre resultados. "A ideia é organizar uma reunião e pedir um prazo para que a nova gestão da Carris possa mostrar que é viável, mas o discurso do prefeito foi completamente contrário ao que estávamos organizando", diz a presidente da Comissão, Rosangela Aparecida Pires Machado. 
De acordo com a dirigente, o pessoal que está em mobilização decidiu continuar com a manifestação até que o prefeito se dirija à garagem para conversar com os trabalhadores. "A decisão por paralisar foi unânime e seguiremos assim até o que o prefeito venha conversar conosco e retire os dois projetos, o de desestatização da Carris e da retirada de cobradores", informou Rosangela ao JC.
"Esses projetos não atingem só os trabalhadores, mas também a população. "O argumento de que a passagem vai reduzir com a privatização da Carris não procede. Basta ver que as empresas privadas deixaram de atender 22 bairros durante a pandemia e quem deu esse suporte foi a Carris", alega a dirigente. "A manifestação em frente à garagem permanece até o prefeito vir conosco ou retirar os projetos da pauta", reforça. 
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