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- Publicada em 15 de Junho de 2021 às 13:15

Carris precisa de R$ 42 milhões da prefeitura até o final do ano para se manter

Servidores planejam ato na Câmara para segunda-feira

Servidores planejam ato na Câmara para segunda-feira


MARIANA ALVES/JC
Juliano Tatsch
Não chegou a ser uma surpresa para os porto-alegrenses, quando, nessa manhã, o prefeito Sebastião Melo anunciou que assinou um projeto de lei para a privatização da Companhia Carris. O prefeito já havia dito em março deste ano que a decisão acerca da desestatização da empresa pública havia sido tomada. Paralelamente ao anúncio de Melo, realizado, primeiramente, em suas redes sociais, ocorria na Câmara de Vereadores da Capital uma audiência pública para tratar da situação da Carris na qual informações importantes foram dadas.
Não chegou a ser uma surpresa para os porto-alegrenses, quando, nessa manhã, o prefeito Sebastião Melo anunciou que assinou um projeto de lei para a privatização da Companhia Carris. O prefeito já havia dito em março deste ano que a decisão acerca da desestatização da empresa pública havia sido tomada. Paralelamente ao anúncio de Melo, realizado, primeiramente, em suas redes sociais, ocorria na Câmara de Vereadores da Capital uma audiência pública para tratar da situação da Carris na qual informações importantes foram dadas.
Conforme o presidente da Carris, Maurício Gomes da Cunha, para se manter operacional até o final do ano, a empresa necessitará de aportes mensais da prefeitura na quantia de R$ 6 milhões ao mês, de junho a dezembro, totalizando R$ 42 milhões aplicados pelo município na companhia pública de transporte. “Temos uma frota de 315 ônibus em operação. As empresas privadas puderam diminuir o custo de operação em razão da medida provisória do governo federal. A Carris não, por ser uma empresa pública. Nosso custo móvel, com combustível, manutenção, é de 30%. O custo fixo, com pessoal, é 70% do total”, observou Cunha.
De acordo com o presidente da estatal, em 2021, a Carris não precisou de aportes financeiros da prefeitura nos meses de janeiro, fevereiro, março e maio. “Precisamos do aporte em abril e em junho a Carris precisa de novo do aporte de R$ 6 milhões. E precisaremos, no segundo semestre, todos os meses, de um aporte de R$ 6 milhões”, enfatizou.
A Carris é responsável pela operação de 22,44% do sistema, conforme o presidente da empresa. Outro ponto tratado por Cunha diz respeito às receitas com publicidade nos ônibus. A ampliação dos espaços para publicidade nos veículos sempre é citada como uma possibilidade ampliação de renda para o sistema. Segundo o presidente da empresa municipal, a publicidade tem um potencial de render até R$ 660 mil por ano à Carris. "Nesse último mês foi paga uma fatura de R$ 30 mil, um contrato que é pago com base nos ônibus em operação. O contrato tem um potencial de atingir até R$ 55 mil por mês. Não atingiu porque não temos toda a frota em operação no momento em razão da pandemia."
O Projeto de Lei 013/2021, protocolado hoje na Câmara de Vereadores, autoriza a prefeitura a "alienar ou transferir, total ou parcialmente, a sociedade, os seus ativos, a participação societária, direta ou indireta, inclusive o controle acionário, transformar, fundir, cindir, incorporar, liquidar, dissolver, extinguir ou desativar, parcial ou totalmente, a Companhia Carris Porto-Alegrense (Carris), por quaisquer das formas de desestatização estabelecidas na legislação pátria, e alienar ou transferir os direitos que lhe assegurem, diretamente ou através de controladas, a preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores da sociedade, assim como alienar ou transferir as participações minoritárias diretas e indiretas do seu capital social".
A principal justificativa apresentada pelo Executivo municipal para propor a desestatização da Carris é a crise no sistema de ônibus, com grande diminuição no número de passageiros causada, conforme o texto enviado à Câmara, pelo aumento de usuários que possuem gratuidades em razão da mudança na curva demográfica da população e a chegada dos aplicativos de transporte individual.
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