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Geral

- Publicada em 17 de Setembro de 2020 às 14:14

Reitoria da Ufrgs: alunos e professores protestam contra nomeação de Bulhões

Manifestantes se reúnem em frente à reitoria da universidade, contra nomeação

Manifestantes se reúnem em frente à reitoria da universidade, contra nomeação


Fotos: LUIZA PRADO/JC
Fernanda Soprana
Alunos, professores e servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) estão reunidos em frente ao prédio da Reitoria da universidade, no campus central, em protesto contra a nomeação do professor Carlos André Bulhões ao cargo de reitor. A manifestação, que começou por volta das 13h desta quinta-feira (17), é uma reação à decisão do presidente Jair Bolsonaro sobre o novo reitor. Bulhões deve falar à imprensa em coletiva marcada para esta tarde.
Alunos, professores e servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) estão reunidos em frente ao prédio da Reitoria da universidade, no campus central, em protesto contra a nomeação do professor Carlos André Bulhões ao cargo de reitor. A manifestação, que começou por volta das 13h desta quinta-feira (17), é uma reação à decisão do presidente Jair Bolsonaro sobre o novo reitor. Bulhões deve falar à imprensa em coletiva marcada para esta tarde.
A concentração para o protesto teve inicio em torno de 12h30min, em frente à Faculdade de Educação (Faced), com cerca de 80 pessoas - de acordo com os organizadores. A partir das 14h a área em frente à reitoria já estava mais cheia. O grupo, portando instrumentos de percussão, bandeiras e cartazes, pretende se manter no local ao longo da tarde. Apesar da aglomeração, os manifestantes utilizam máscaras como prevenção à disseminação da Covid-19. Segundo a coordenadora-geral do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Ufrgs, Ana Paula Santos, a adesão na universidade é grande.
"O candidato indicado pelo Bolsonaro representa aqui que há de mais atrasado na universidade. Bolsonaro vem atacando a educação pública, tanto no campo ideológico como com cortes de verbas. Acreditamos que Bulhões atuará como um interventor, para facilitar o processo de desmonte", diz Ana Paula.
A chapa do novo reitor, que tem a professora Patrícia Pranke como vice-reitora, ficou em terceiro lugar na consulta interna da universidade, realizada em julho. O processo eleitoral foi vencido pela atual gestão, comandada pelo reitor Rui Oppermann e pela vice-reitora Jane Tutikian. Em segundo lugar venceu a chapa de Karla Maria Müller (reitora) e Claudia Wasserman (vice). Apesar da lista tríplice com o resultado do processo eleitoral interno ser encaminhada pela universidade ao Ministério da Educação (MEC), a decisão do presidente da República é soberana.
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Grupo conta com bandeiras, instrumentos de percussão e cartazes durante a manifestação.
Em publicação na página do DCE no Facebook, o diretório afirma que a posse de Bulhões é "muito grave para a autonomia e para a democracia". "Acreditamos que Bulhões deve rejeitar a indicação, porque ele não tem legitimidade. Faremos tudo que for necessário para barrar a intervenção", diz Ana Paula.
Na noite dessa quarta, a deputada gaúcha Maria do Rosário (PT) protocolou um projeto para barrar a nomeação de Bulhões como reitor. Em vídeo postado nas redes sociais, a deputada diz que a escolha é "autoritária" por nomear o terceiro colocado da tríplice aliança. 
A atual reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) manifestou-se por meio de nota, nesta quarta-feira (16), a respeito da nomeação do professor Carlos André Bulhões para o cargo na gestão 2020-2024. Nota assinada pelo reitor Rui Vicente Oppermann e pela vice-reitora Jane Tutikian afirma que a decisão de nomear Bulhões, tomada pelo presidente Jair Bolsonaro, opta por uma "proposta amplamente derrotada" pela comunidade acadêmica, ignorando "os grandes avanços feitos nos últimos anos na construção de uma universidade de excelência acadêmica, plural e inovadora".
Na semana passada, o deputado federal Bibo Nunes (PSL-RS) havia afirmado que Bulhões seria o escolhido de Bolsonaro. No final de agosto, diante da possibilidade da nomeação de Bulhões, alunos e comunidade acadêmica da Ufrgs chegaram a organizar um protesto contra a decisão.
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