Atualizada às 11h15min de 26/02/2019
Cerca de 300 servidores municipais de Porto Alegre fazem protesto na manhã desta terça-feira (26) contra mudanças na carreira que podem ir à votação na Câmara de Vereadores. A concentração começou por volta das 7h em frente ao Hospital de Pronto Socorro (HPS). A categoria começou greve nesta terça.
A manifestação, com palavras de ordem de "Fora Marchezan", seguiu até a Câmara, pelas avenidas Osvaldo Aranha e Loureiro da Silva. O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) liderou o ato.
Concentração começou por volta das 7h em frente ao HPS. Foto Marcelo G. Ribeiro/JC
Os servidores ocuparam toda a pista em direção ao túnel da Conceição causando lentidão e interrompendo o trânsito. Agentes da EPTC bloquearam ruas que desaguam na Osvaldo Aranha para a passagem do protesto.
O diretor-geral do Simpa Jonas Tarcísio disse que os servidores vão pressionar os vereadores para não aprovar o Projeto de Lei 2/19 que altera dispositivos da carreira, que ele define como "direitos históricos da categoria". Ainda segundo o diretor, mais motivos impulsionam a manifestação. "Estamos aqui não só pela PL, mas pelo parcelamento do 13º salário e pela data-base de 2017/2018 que a prefeitura nos deve e tem que pagar", disse. Tarcísio salienta que há dois anos os representantes dos municipários buscam diálogo com o prefeito Nelson Marchezan, que não atende a categoria.
Servidores vão pressionar vereadores para não aprovarem o PL 2/19, disse Tarcísio. Foto Marcelo G. Ribeiro/JC
Por volta das 11h, os manifestantes já estavam na Câmara. Eles devem se concentrar no local durante o dia todo para acompanhar a reunião das comissões conjuntas.
"A ideia é ficarmos aqui para que os vereadores não aprovem o projeto antes da audiência pública que convocamos", afirmou o diretor-geral Alberto Terres. O dirigente diz que "quando os servidores são atacados quem sai prejudicada é a população". "Somos mais de 24 mil entre aposentados e membros ativos e mais de 100 mil pessoas que dependem dos servidores, incluindo as famílias, além da própria população de Porto Alegre", completou Terres.
No fim da manhã, manifestantes foram para a frente da Câmara de Vereadores. Foto Marcelo G. Ribeiro/JC
Os serviços atingidos pela manifestação nesta terça-feira são principalmente na área da saúde, como no hospital Presidente Vargas, no Pronto Atendimento Bom Jesus e no posto Cruzeiro do Sul.