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Educação

- Publicada em 11 de Novembro de 2018 às 17:16

Último dia de Enem tem retardatários e atrasados em Porto Alegre

Candidatos no campus da Pucrs geraram grande movimento no local com 12 mil inscritos

Candidatos no campus da Pucrs geraram grande movimento no local com 12 mil inscritos


PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC
O último dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi marcado por muito calor e grande movimentação nos principais locais de provas em Porto Alegre. Além disso, novamente cenas de candidatos chegando no segundo final para entrar e muitos que não conseguiram ingressar se repetiram.
O último dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi marcado por muito calor e grande movimentação nos principais locais de provas em Porto Alegre. Além disso, novamente cenas de candidatos chegando no segundo final para entrar e muitos que não conseguiram ingressar se repetiram.
Em Porto Alegre, o campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) concentra maior número de candidatos, chegando a 12 mil. O sol quente e temperatura acima de 30 graus marcaram o fim da manhã e começo da tarde, quando as provas começaram.
Às 13h, os portões fecharam. Em um dos locais dentro do campus, a correria de últimos a chegar se repetiu. Uma menina de 15 anos que fazia o Enem apenas para testar se atrasou um minuto e não pôde entrar. A garota entrou em desespero, com receio de evitar meme na internet. Pais de outros candidatos que já haviam ingressado consolaram a estudante de Ensino Médio em Porto Alegre. Sorte que ela estava só testando para treinar, pois fará Enem para valer somente em 2020.
Mãe de uma candidata que conseguiu entrar, Rosângela Silva tenteou de todo jeito sensibilizar os fiscais da prova, mas não deu certo. “Acho que deveriam ter aberto, pois ainda não tinha tocado a sirene”, alegou Rosângela, que apoiou a menina atrasada. Só que alertaram a mãe que não há mais o sinal da sirene.
A professora da área da Educação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Jaqueline Moll estava na porta, o filho já havia entrado e ela ficou incentivando os retardatários para conseguirem chegar a tempo. Pelo menos seis entraram quando já estava nos segundos finais.
“A gente sofre junto quando eles não conseguem entrar”, confessa a professora universitária. “É muito perverso este tipo de seleção, desde a forma como seleciona para vagas no Ensino Superior. São poucos que entrarão e muitos que não conseguirão”, contrasta Jaqueline. “Tem de avançar mais. Mesmo com Enem, Prouni e mais vagas em universidades públicas, ainda é muito pouco para tanta gente que quer fazer Ensino Superior.”

Familiares relaxam enquanto esperam por candidatos

Jaqueline Moll apoiou candidatos atrasados e falou que seleção é injusta

Jaqueline Moll apoiou candidatos atrasados e falou que seleção é injusta


PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC
Enquanto candidatos fazem prova, familiares precisam relaxar no lado de fora dos locais das provas. Muitos ficam até o final do exame, num apoio indireto aos inscritos.Na Pucrs, cadeiras disponíveis no gramado são um convite para deitar, ler livro ou até tirar uma soneca, enquanto os filhos ralam dentro dos prédios. O casal Patricia Airoldi e Lúcio da Rocha ocupou duas e relaxou, esperando a saída da filha Gabrieal Petri. No domingo passado, não havia cadeiras vagas.
"É bem melhor esperar aqui, a gente fica só no relax",diz Patricia, que fica ligada no smartphone, enquanto o marido lê um livro.
A merendeira Rita Diaz, espera pelo marido, que faz pela segunda vez o exame. No domingo passado, Rita sentou em bancos desconfortáveis. "Hoje tá maravilhoso, fico mais descansada e relaxada. Mas meu marido tá lá dentro (da prova) no sufoco."