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Educadores físicos deixam ações com idosos e vão para áreas administrativas
Idosos tiveram jogos e manifestaram preocupação com perda de professores de Educação Física
LUIZA PRADO/JC
O secretário de Educação de Porto Alegre, Adriano Brito, disse nesta quarta-feira (3) que a transferência de professores de educação física de atividades esportivas que beneficiam mais de 2,5 mil pessoas, entre idosos, jovens e crianças em 16 locais da cidade, será mantida. Muitos vão atuar em áreas administrativas em escolas, segundo Brito. Além disso, o secretário diz que a medida é necessária devido a aposentadorias previstas para 2019. Os profissionais cedidos para a pasta de Desenvolvimento Social e Esportes (SMDSE) terão de voltar à Educação para evitar redução de professores em escolas, segundo ele.
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O secretário de Educação de Porto Alegre, Adriano Brito, disse nesta quarta-feira (3) que a transferência de professores de educação física de atividades esportivas que beneficiam mais de 2,5 mil pessoas, entre idosos, jovens e crianças em 16 locais da cidade, será mantida. Muitos vão atuar em áreas administrativas em escolas, segundo Brito. Além disso, o secretário diz que a medida é necessária devido a aposentadorias previstas para 2019. Os profissionais cedidos para a pasta de Desenvolvimento Social e Esportes (SMDSE) terão de voltar à Educação para evitar redução de professores em escolas, segundo ele.
Reunião na manhã desta quarta-feira (3) entre o secretário, a SMDSE, à qual estão vinculados os projetos as atividades, vereadores e idosos atingidos buscou esclarecer o impacto da transferência. Brito diz que a meta é que 32 docentes voltem às escolas, muitos "imediatamente", reforçou o secretário ao Jornal do Comércio. Pelo menos 14 já estão em funções em escolas, muitas delas administrativas, admitiu Brito.
Alguns professores foram colocados em estabelecimentos com alunos surdos e mudos, mas sem ter o domínio da linguagem de Libras. "Eles irão exercer atividades administrativas, o que não influenciará na relação com os alunos. Não tem nenhuma atividade que desafie a capacidade técnica desses profissionais", disse o secretário.
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Mas idosos de diversos locais disseram na reunião que já sofrem com a saída dos profissionais. O encontro foi tenso. O Jornal do Comércio vem conversando com alunos que relatam o estresse e sofrimento que já estão experimentando antevendo a possibilidade de ficar sem as aulas. No Tesourinha, onde 1,2 mil alunos frequentam aulas regularmente de ginástica, ioga à musculação, a maioria acima de 70 anos, já ocorre cancelamento de aulas.
"Tinha dança nesta quarta e não teve ou iam colocar estagiário. Provavelmente, vão querer oferecer outra atividade, mas quero o que gosto", reage Ione Koehn. "Vamos continuar a batalha", avisa Ione, sobre a mobilização. Nesta sexta-feira (5), os grupos vão para a frente do Paço Municipal em nova manifestação. Na segunda-feira (8), eles terão audiência com o Ministério Público do Estado.
Denise afirmou que a extinção das atividades é um equívoco. "Nunca foi dito que iria acabar, pelo contrário", disse a secretária. A gestora disse ainda que, para reiterar o voto de confiança dos idosos, será criado um comitê de monitoramento sistemático das atividades formado por lideranças diretamente envolvidas. "Podemos garantir a atividade plena", reafirmou a titular da SMDSE.
Envelhecimento demanda atividades para cuidados da saúde
A apresentação dos números ocorreu no Dia Internacional da Pessoa Idosa, em evento promovido pela Corregedoria-Geral de Justiça do Estado. O documento será base para a definição de metas do futuro Plano Decenal dos Direitos Humanos de Pessoas Idosas, que deve ser encaminhado nos próximos meses à Assembleia Legislativa. "Ainda há certa fragilidade na estruturação de rede de proteção e garantia desses direitos. Esse diagnóstico é a primeira iniciativa nesse sentido", diz Luiziane Brusa da Costa, coordenadora de Políticas para a Pessoa Idosa da secretaria e responsável pela apresentação dos números.
A estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de que, até 2030, o Estado tenha cerca de 1 milhão de idosos a mais do que na atualidade. Isso significa que a população acima de 60 anos pode chegar a 24% do total em pouco mais de uma década. (Igor Natusch)