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Direitos da Mulher

- Publicada em 03 de Agosto de 2015 às 00:00

Página no Facebook sugere a união de mulheres nas ruas


reprodução/JC
Jornal do Comércio
Com o título de Vamos juntas?, uma página no Facebook sugere que mulheres caminhem juntas na rua para se sentirem mais seguras. A ideia surgiu na sexta-feira (24), enquanto a jornalista Babi Souza voltava do trabalho e fazia a conexão entre um ônibus e outro no Centro de Porto Alegre, à noite.

Com o título de Vamos juntas?, uma página no Facebook sugere que mulheres caminhem juntas na rua para se sentirem mais seguras. A ideia surgiu na sexta-feira (24), enquanto a jornalista Babi Souza voltava do trabalho e fazia a conexão entre um ônibus e outro no Centro de Porto Alegre, à noite.

Em entrevista ao Jornal do Comércio, ela contou que percebeu que do primeiro ônibus desceram diversas mulheres que se dispersaram rapidamente, com medo, mas ao pegar o segundo viu que muitas que esperavam eram as mesmas. "Então pensei 'por que ao invés de ir cada uma sozinha com medo, não fomos juntas?'", comenta.  Segundo Babi, o próximo passo foi pensar em algo que fornecesse às mulheres uma maneira de se identificarem na rua. “Queria promover a identificação de que se a mulher está com medo de estar na rua sozinha, muito provavelmente a outra também está”, explica.

A primeira proposta de Babi era divulgar isso entre as amigas: "Assim que entrei no segundo ônibus, já comecei a conversar com uma colega minha, que é designer (Vika Schmitz, colaboradora do movimento), e ela fez toda a arte do primeiro card. Ela adorou a ideia e começou a pensar junto comigo", diz. A princípio era pra ser só o card, e compartilharam nos seus próprios perfis particulares nas redes sociais.
A repercussão foi enorme. A ideia foi compartilhada por volta das 13h do da quinta-feira (30) e, às 15h, já tinha página própria no Facebook. Apenas quatro dias depois, já são mais de 17 mil curtidas.

"Eu acredito na união de pessoas, independente se são mulheres, homens. Eu vinha há um tempo estudando sobre colaborativismo, sobre como tornar as coisas mais amigáveis entre as pessoas. Ao invés de saber que é inseguro andar em determinada rua de noite e começar a culpar o estado ou as políticas de segurança, pensar em algo que a gente como cidadão possa fazer para isso. No caso da segurança, nada mais natural que unir mulheres, já que o medo da maioria nem é tanto ser assaltada, mas sim sofrer assédio ou violência sexual", afirma Babi.

Apesar de o movimento ser novo, já recebe sugestão de próximos passos com a ajuda de apoiadores. “Foi proposto grupo no Facebook, no Whatsapp, aplicativo. Tem muita gente querendo nos ajudar, desde programador a pessoas querendo dar site, design. Mas é muito recente, ainda não conseguimos nos organizar e ver o que vamos fazer mesmo com todo o apoio que estamos recebendo”, explica. 

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