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TRANSPORTES

- Publicada em 20 de Novembro de 2014 às 00:00

Empresas de ônibus dizem que não há solução além do reajuste de tarifa


Jornal do Comércio
As empresas de ônibus que operam nas principais capitais do País vão chegar ao fim deste mês com um déficit de 14% das tarifas em relação aos custos de operação. É o que informou o presidente da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano), Otávio Cunha, nesta quinta-feira (20).

As empresas de ônibus que operam nas principais capitais do País vão chegar ao fim deste mês com um déficit de 14% das tarifas em relação aos custos de operação. É o que informou o presidente da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano), Otávio Cunha, nesta quinta-feira (20).

Cunha afirmou que, até o fim do ano, não vê outra solução para as cidades além do reajuste do setor, que está sem aumento desde junho de 2013, quando protestos de espalharam por todo o país por causa de reajustes de tarifa em São Paulo e Rio de Janeiro. "Ou reajusta a tarifa ou arruma recurso para subvenção", afirmou Cunha. 

Segundo ele, em muitas cidades, os contratos assinados entre governo e empresas de ônibus preveem o reajuste anual, mas isso não está sendo cumprido, criando a defasagem. Por esses contratos, as empresas poderão cobrar essa defasagem na Justiça posteriormente. 

Marcos Bicalho, diretor institucional da NTU, afirma que a proposta que está em estudos pelos prefeitos de São Paulo de unificar as tarifas de ônibus da região metropolitana com as capital pode ser uma solução.

Segundo ele, os governo já estão se planejando com a noção de que é necessário ter uma tarifa para as empresas, que remuneram os custos, e outra para os usuários que vão pagar apenas uma parte do que se gasta no transporte. "Isso é essencial e deveria ser adotado em todo o país. Em todo o mundo, o transporte de qualidade recebe subsídio", afirmou Bicalho. 

O presidente da NTU explicou que o déficit das tarifas está crescendo por causa do aumento dos custos das empresas com salários e outros itens e também por causa do reajuste do diesel. Segundo ele, desde junho de 2012 o diesel aumentou 38% contra um reajuste de 23% nos preços da gasolina, o que incentiva o transporte individual. 

Segundo ele, os governos não têm mais margem para manter a tarifa no mesmo valor cortando impostos e taxas, como foi feito em 2013. A outra solução seria aprovar um projeto de lei que tramita no Congresso para que os recursos a Cide -um imposto que incide sobre combustíveis- financiasse as tarifas. Atualmente, a alíquota da Cide está zerada para que o preço da gasolina não fique ainda mais caro.

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