Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

SAÚDE

- Publicada em 31 de Outubro de 2014 às 00:00

Fornecedoras de alimentos impróprios serão divulgadas


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
Um termo de cooperação assinado nesta quinta-feira entre entidades do Executivo, do Judiciário, do Legislativo e entes civis pode trazer mais segurança alimentar para os gaúchos. No convênio, fica definido que empresas condenadas por fornecer alimentos impróprios terão seus nomes divulgados no site do Programa Estadual de Defesa dos Consumidores (Procon/RS) - www.procon.rs.gov.br.
Um termo de cooperação assinado nesta quinta-feira entre entidades do Executivo, do Judiciário, do Legislativo e entes civis pode trazer mais segurança alimentar para os gaúchos. No convênio, fica definido que empresas condenadas por fornecer alimentos impróprios terão seus nomes divulgados no site do Programa Estadual de Defesa dos Consumidores (Procon/RS) - www.procon.rs.gov.br.
A assinatura do termo se deu na abertura do seminário “Segurança alimentar: alimentos (im) próprios ao consumo”, que ocorre até esta sexta-feira. A intenção, segundo a promotora de Justiça Caroline Vaz, que coordena o Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor, é alinhar o entendimento a respeito de o que cada órgão deve fazer para garantir uma alimentação saudável à população.
“Desde maio, estamos nos organizando para monitorar melhor os alimentos. Oficializamos essa caminhada com esse termo de cooperação, assegurando o direito fundamental das pessoas de terem disponível a informação sobre quais empresas que, mesmo se tiverem se readequado, já foram processadas por entrega de alimento impróprio”, ressalta. A promotora alerta que o consumidor também é responsável pelo que consome, atuando como fiscal dos produtos e dos alimentos.
O convênio foi assinado pelo Ministério Público Estadual (MPRS), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), a Secretaria Estadual da Saúde (SES), o Procon/RS, a Secretaria Estadual da Justiça e dos Direitos Humanos (SJDH), o Conselho Estadual de Segurança Alimentar (Consea) e o Fórum Latino-Americano de Defesa do Consumidor (Fedc).
Conforme a secretária estadual de Justiça e Direitos Humanos, Juçara Maria Dutra Vieira, que coordena o Procon/RS, que é vinculado à pasta, os direitos humanos surgiram para cobrar do Estado o cumprimento dos direitos civis, individuais e coletivos. “A criação de um conselho que envolve órgãos e entidades públicas e civis é importante, para que dinamizemos a questão e não tenhamos somente a visão do gestor. Precisamos investir e criar mecanismos adequados, para garantir a segurança da população”, destaca.
Para a secretária-adjunta estadual da Saúde, Rosângela Dornelles, a luta para que haja mais cuidados com os alimentos vem crescendo. “As equipes de Vigilância de Alimentos, por exemplo, sentiam-se muito vulneráveis por não terem um aparato da área de direitos humanos. Com essa parceria com o Procon/RS, esse problema é quitado”, comemora. Nos últimos anos, o número de empresas do ramo alimentício tem crescido exponencialmente, de acordo com Rosângela. “Além de aumentar a quantidade de equipes, o autocuidado do consumidor é essencial. A saúde é o reflexo do que nós comemos”, lembra a secretária-adjunta.
O vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJRS), desembargador Francisco José Moesch, salienta que o MPRS sempre foi pioneiro na valorização dos direitos básicos dos consumidores, e que os outros órgãos têm a obrigação de contribuir com esse trabalho. “Nós precisamos garantir a segurança e a saúde dos consumidores. Essa é uma recomendação não só do governo federal, mas também da Organização das Nações Unidas (ONU)”, recorda.
Para o subprocurador-geral de Justiça do MPRS, Marcelo Dornelles, a rede de entidades que trabalham na questão de segurança alimentar é complexa. “Somos peças de um tabuleiro que têm que estar bem orquestradas para que o alimento chegue com segurança à casa do consumidor. Temos uma questão cultural a ser mudada, que causa situações como a de acréscimo de água no leite”, exemplifica.
O mal, na opinião do subprocurador, está enraizado. “Temos que mostrar ao consumidor que, mesmo que nós fiscalizemos, ele precisa fazer a sua parte, também monitorando o que está em sua casa”, explica. Dornelles lembrou ainda que, até 2012, adulterar um alimento era um crime meramente administrativo.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO