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GREVE

- Publicada em 24 de Outubro de 2014 às 00:00

Bancários do Banrisul divergem acerca de continuidade da greve


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
Discussões acaloradas ilustravam as divergências entre os funcionários do Banrisul reunidos no Clube do Comércio na tarde de quinta-feira. A assembleia foi originalmente convocada para deliberar acerca do fim da paralisação da categoria, que já dura mais de vinte dias. No entanto, logo no começo da tarde, a assembleia foi adiada para segunda-feira, no auditório da Igreja Pompeia (rua Dr. Barros Cassal, 220), a partir das 14h.
Discussões acaloradas ilustravam as divergências entre os funcionários do Banrisul reunidos no Clube do Comércio na tarde de quinta-feira. A assembleia foi originalmente convocada para deliberar acerca do fim da paralisação da categoria, que já dura mais de vinte dias. No entanto, logo no começo da tarde, a assembleia foi adiada para segunda-feira, no auditório da Igreja Pompeia (rua Dr. Barros Cassal, 220), a partir das 14h.
De acordo com o gerente do Banrisul do Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), Mauro Vinicius Silva, os representantes do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Sul (SindBancários), ao perceberem que muitos funcionários do banco apresentavam posição contrária à continuidade da greve, decidiram adiar a votação para o dia 27 de outubro. Avisos do adiamento foram colocados nas portas do Clube do Comércio. “Sem mais nem menos, a assembleia foi encerrada, desrespeitando o protocolo que seguimos. Simplesmente fecharam as portas, enquanto nós aguardávamos aqui para votar”, contou Silva. Para ele, o direito que os trabalhadores têm de deflagrar greve é o mesmo que outros possuem de priorizarem a volta ao trabalho.
Mais de 300 pessoas assinaram uma lista de presença, supervisionados por um tabelião, como tentativa de revogar a paralisação. O gerente executivo do Banrisul, Márcio Kaiser, se manifestou favorável ao fim da greve. “Aceitamos a proposta da diretoria e queremos retomar o serviço”, afirmou. Entretanto, como o SindBancários não se fez presente na assembleia realizada pelos dissidentes, a validade legal da lista de assinaturas ainda será discutida. Posteriormente, ela será entregue ao Ministério Público.  
Entretanto, o bancário Marcelo Silva acredita que muitos dos funcionários que ali estiveram se sentiram coagidos a apoiar a decisão de encerrar a paralisação. “O que foi discutido aqui não tem legitimidade, não vale de nada”, argumentou. De acordo com ele, muitos trabalhadores ouviram que, caso não comparecessem na assembleia, não receberiam o PLR (Participação nos Lucros e Resultados). “Convenceram os funcionários a virem na base da ameaça.” Outros funcionários, a favor do fim da greve, desmentiram a afirmação. Para Mauro Silva, mesmo quem apoiava o movimento já se cansou. “A greve tomou um rumo diferente da questão de dissídio coletivo. Os trabalhadores querem dar um basta, querem retornar ao trabalho.”
O SindBancários, entretanto, afirmou que a decisão de adiar a assembleia se deu devido à preocupação relacionada à segurança e à integridade dos trabalhadores do Banrisul. Em nota, os representantes do sindicato também alegaram “questões morais” envolvidas na decisão. “Do ponto de vista da prática da luta, quem deveria decidir os rumos do movimento são colegas grevistas. Do ponto de vista legal, todos os bancários abrangidos pelo Acordo Coletivo de Trabalho podem participar, propor e votar nas assembleias.”
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