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GREVE

- Publicada em 01 de Outubro de 2014 às 00:00

Bancários pedem fim de metas abusivas


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
Pelo décimo ano consecutivo, os bancários definiram por realizar uma greve durante suas negociações salariais. A paralisação é nacional e foi iniciada ontem. A principal reclamação é pelo fim da cobrança de metas abusivas, bem como do assédio moral para cumprir essas metas.
Pelo décimo ano consecutivo, os bancários definiram por realizar uma greve durante suas negociações salariais. A paralisação é nacional e foi iniciada ontem. A principal reclamação é pelo fim da cobrança de metas abusivas, bem como do assédio moral para cumprir essas metas.
Na pauta econômica, a categoria quer reajuste de 12,5%, piso salarial de R$ 2.979,25, 14º salário, participação nos lucros e resultados de três salários, mais parcela adicional de R$ 6.247,00, entre outras demandas. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) oferece reajuste de 7,35% para salários e demais verbas salariais. Para o Estado, a maior reivindicação é a renovação do plano de carreira do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), solicitada há quatro anos.
A data-base dos bancários é 1 de setembro. A negociação das entidades representativas começou no dia 11 de agosto. “A oferta da Fenaban não dialoga com o restante da nossa pauta, fora o reajuste salarial. Na questão social, os bancários estão adoecendo dentro dos seus locais de trabalho por conta da pressão e do assédio moral e nada disso foi colocado em negociação”, critica o presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região Metropolitana (SindBancários), Everton Gimenis.
Problemas nas condições de trabalho são os mais apontados pela categoria, segundo Gimenis. Os transtornos incluem metas altas, assédio moral para que elas sejam cumpridas, falta de funcionários nas agências e sobrecarga de trabalho, o que causa o adoecimento dos trabalhadores. “Hoje, temos uma epidemia de bancários afastados por doenças, principalmente de caráter de sofrimento mental, tomando antidepressivos com tarja preta”, conta.
Para o presidente do sindicato, não foi possível seguir a mobilização sem a realização de uma greve, por falta de diálogo entre as entidades. “Essa é a maneira como conseguimos sensibilizar os bancos, arranhar um pouco a imagem deles e fazer com que conversem seriamente conosco”, explica.
Na manhã de ontem, grevistas se concentraram em frente à agência do Banrisul, localizada na rua Caldas Júnior, no Centro da Capital, distribuindo um jornal com suas pautas. Com um carro de som, representantes do SindBancários apresentavam as reivindicações pelo microfone e chamavam os profissionais do local a aderir ao movimento. Conforme informações da entidade, a greve já abrange praticamente todas as agências de Porto Alegre, havendo piquetes de convencimento em frente aos bancos, e a adesão é em grande escala. Conforme o sindicato, o primeiro dia de mobilização fechou 767 agências no Rio Grande Sul.
Para evitar ir a uma agência e encontrá-la fechada, os clientes podem buscar alternativas para pagar suas contas e fazer movimentações financeiras. Alguns serviços podem ser realizados em caixas eletrônicos, internet, telefone e correspondentes bancários. Apesar da paralisação, os bancos são obrigados a manter um atendimento mínimo. Com a greve, ainda é obrigatório o pagamento das contas.
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