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PROTESTOS

- Publicada em 27 de Junho de 2013 às 00:00

Pressão no centro dos Três Poderes no Estado


JOÃO MATTOS/JC
Jornal do Comércio
Quem for às ruas de Porto Alegre protestar e mostrar sua insatisfação com temas que acredita ser de importância para a sociedade e que estão sendo negligenciados pelo Poder Público terá um caminho diferente a fazer no Centro da cidade. Diferentemente do que ocorreu em todos os atos anteriores, nesta quinta-feira, a concentração popular se dará na praça dos Três Poderes gaúcha, a Praça da Matriz.
Quem for às ruas de Porto Alegre protestar e mostrar sua insatisfação com temas que acredita ser de importância para a sociedade e que estão sendo negligenciados pelo Poder Público terá um caminho diferente a fazer no Centro da cidade. Diferentemente do que ocorreu em todos os atos anteriores, nesta quinta-feira, a concentração popular se dará na praça dos Três Poderes gaúcha, a Praça da Matriz.
A manifestação no local tem um sentido emblemático. A região é o centro político do Estado, pois, ao redor da praça, estão localizados o Palácio Piratini, a Assembleia Legislativa e o Palácio da Justiça. Além disso, na segunda-feira, os manifestantes foram barrados nas vias de acesso e proibidos de chegarem à praça.
O governador Tarso Genro garantiu na tarde de ontem que a praça será liberada para o protesto desde que ele seja pacífico. A mobilização, desta vez, deve ter uma cara diferente. A ideia dos organizadores é promover um grande ato cultural. “Apresentaremos novamente as nossas reivindicações, mas, desta forma, vamos fazer um ato cultural, com música, teatro, dança e muita discussão política sobre os novos rumos que queremos construir para a nossa sociedade”, destaca a convocação para o ato, chamado pelo Bloco de Luta pelo Transporte Público, que está marcado para as 18h.
Até o fim da tarde de ontem, mais de 6,5 mil pessoas já haviam confirmado participação no protesto por meio da rede social Facebook. O ato de quinta-feira da semana passada reuniu mais de 20 mil pessoas na Capital e foi o maior da série das últimas semanas. A manifestação da segunda-feira, por sua vez, contou com cerca de 10 mil.
Incertezas rondam o tamanho da mobilização de hoje, na medida em que, somado à tendência de enfraquecimento mostrada na segunda, estão o aumento da violência provocada por grupos que depredaram e saquearam estabelecimentos comerciais e os excessos policiais com o grande uso de bombas de gás lacrimogêneo. Além disso, uma das bandeiras que estavam levando pessoas às ruas, como a não aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37, já foi superada.
A expectativa a respeito de um protesto que não culmine em vandalismo permanece, já que a maioria absoluta não toma parte de nenhum ato criminoso. Em coletiva de imprensa com a cúpula da Segurança na segunda-feira, o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes, enfatizou que irá aumentar o efetivo nos próximos protestos para prender “saqueadores e criminosos”.
A quinta-feira reserva, também, outro fato importante e que também tem relação com os atos populares nas ruas. A partir das 14h, tem início a sessão da 22ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que irá julgar o recurso da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) contrário à liminar que suspendeu o reajuste da tarifa de ônibus e lotações em Porto Alegre. A expectativa dos vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchionna, ambos do P-Sol, que ingressaram com a medida cautelar que resultou na decisão, em primeiro grau, do juiz Hilbert Maximiliano Akihito Obara, é de que o julgamento seja positivo e a liminar seja mantida.
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