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Carnaval

- Publicada em 13 de Fevereiro de 2013 às 00:00

Bambas é campeã em apuração polêmica


MARCOS NAGELSTEIN/JC
Jornal do Comércio
A Bambas da Orgia foi o destaque da primeira noite de desfiles do Grupo Especial na Capital. No entanto, a quebra de um dos carros causou atraso na apresentação, fazendo com que a escola não cogitasse ser a campeã de 2013. Favoritas, Imperadores do Samba e Estado Maior da Restinga levaram suas torcidas para o Porto Seco para acompanhar a apuração. E deu zebra. Antes do anúncio da agremiação vencedora, os presidentes das outras escolas foram protestar contra a quantidade de “10” que a Bambas ia acumulando. Páreo disputado entre as três até o final, a Bambas foi declarada vencedora com 239,6 pontos na soma dos oito quesitos. Imperadores e Restinga empataram em 239,3.
A Bambas da Orgia foi o destaque da primeira noite de desfiles do Grupo Especial na Capital. No entanto, a quebra de um dos carros causou atraso na apresentação, fazendo com que a escola não cogitasse ser a campeã de 2013. Favoritas, Imperadores do Samba e Estado Maior da Restinga levaram suas torcidas para o Porto Seco para acompanhar a apuração. E deu zebra. Antes do anúncio da agremiação vencedora, os presidentes das outras escolas foram protestar contra a quantidade de “10” que a Bambas ia acumulando. Páreo disputado entre as três até o final, a Bambas foi declarada vencedora com 239,6 pontos na soma dos oito quesitos. Imperadores e Restinga empataram em 239,3.
O clima no Porto Seco ficou tenso, e a Brigada Militar entrou nos camarotes para conter os protestos. “Como que uma escola que tem o carro quebrado na avenida pode receber tanto 10 em evolução?”, questionavam os presidentes junto à comissão organizadora. Alheios às reivindicações, cerca de quinze integrantes da Bambas seguiam torcendo a cada nota satisfatória, incrédulos. Mariana Alencastro, destaque da segunda alegoria da Azul e Branco, sacudia as pernas, mordia a caneta, apertava as mãos e suava fazendo os cálculos de cada décimo conquistado. Ao lado dela, com a baqueta da caxeta no bolso da bermuda, Matheus Dantas, de cinco anos, integrante da bateria da escola, passou a chorar quando ouviu os pais dizerem que a chance de ser campeão era viável.
Nas arquibancadas, as torcidas de Imperadores e Restinga vaiavam e protestavam. Na Bambas da Orgia, os integrantes mais experientes repetiam para os colegas Mariana e Matheus: “Calma, calma, não vamos vibrar antes da hora”.
Perto das 17h30min, um último 10 no quesito mestre-sala e porta-bandeira fez Matheus e Mariana – e os mais contidos componentes da escola – pularem e gritarem de alegria. “Eu larguei tudo pela Bambas. Eu sempre vou para o Rio de Janeiro, mas este ano resolvi ficar aqui, pela Bambas, onde me criei. Estou muito feliz”, falava Mariana.
“Faz cinco meses que eu assumi essa escola. Esse título foi alcançado sem dinheiro, com garra, com o sangue azul e branco. É um resgate do povo bambista”, afirmou Cleomar Rosa, presidente da Bambas da Orgia. O último título foi em 2007. Este é o 20º troféu da escola.
Na sexta-feira, última a desfilar, a Bambas levantou o público na passarela ao mostrar os significados que a águia, símbolo da escola, teve ao longo dos 62 anos de história.

Problema no regulamento e falta de organização atrapalham cerimônia

Depois da confirmação de que a Bambas era a campeã, Mauricio Nunes, presidente da Imperatriz Dona Leopoldina, foi cobrar uma recontagem dos pontos, alegando que havia um empate no segundo lugar. Outros presidentes acompanharam-no e, após mais um tumulto no camarote, o locutor oficial do Carnaval, Odir Ferreira, anunciou Imperadores e Restinga como vice-campeãs e Império da Zona Norte, com 238,8 pontos, chegou em terceiro.
A Imperatriz ficou em quarto, seguida por Acadêmicos de Gravataí, União da Vila do IAPI, Embaixadores do Ritmo, Vila Isabel e Praiana. Com este resultado, a Praiana e a Vila Isabel seriam rebaixadas. Academia de Samba Puro e Imperatriz Leopoldense estão aptas a integrar o Grupo Especial em 2014. Porém, a confusão envolvendo o regulamento também causou protestos dos dirigentes e dos torcedores. De acordo com a regra atual, duas escolas devem cair para a Divisão de Acesso e duas subir. A União do Grupo Especial do Carnaval de Porto Alegre (Ugespa) alega que deve ser desclassificada e promovida apenas uma agremiação por ano.
No meio desta discussão, os dirigentes decidiram que se apresentarão no Porto Seco, no sábado, no desfile das campeãs, as seis escolas com as cinco melhores colocações. Por conta de toda a confusão, a entrega dos troféus não teve nenhum tipo de cerimônia. Alguns presidentes pegaram suas taças e foram embora indignados.
Também houve confusão com a Brigada Militar (BM), que barrou a entrada de vários integrantes que tinham autorização para participar da cerimônia – que não aconteceu – junto aos vencedores. Após pressão imposta pelos presidentes das escolas, a BM passou a permitir o acesso de quem tinha credencial.
Nesta semana, a Ugespa e a Associação das Entidades Carnavalescas de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul (AECPARS) terão de entrar em acordo para rever o regulamento. Além disso, os dirigentes exigem alterações das regras para que os jurados não deem notas independentes de um dia para o outro de desfile, o que influencia na base de comparação de uma escola para a outra.
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