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- Publicada em 16 de Setembro de 2011 às 00:00

Falsa bomba paralisa o Centro de Porto Alegre por duas horas


NECO VARELLA/AGÊNCIA FREELANCER/JC
Jornal do Comércio
Um falso artefato explosivo colocado ao lado de um boneco vestido com uniforme da Brigada Militar paralisou o trânsito por quase duas horas em ruas centrais de Porto Alegre na manhã de ontem. O invólucro foi encontrado por volta das 5h.
Um falso artefato explosivo colocado ao lado de um boneco vestido com uniforme da Brigada Militar paralisou o trânsito por quase duas horas em ruas centrais de Porto Alegre na manhã de ontem. O invólucro foi encontrado por volta das 5h.
O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) isolou a passagem da rua Duque de Caxias pelo viaduto Otávio Rocha e parte da avenida Borges de Medeiros para retirar a suposta bomba de fabricação caseira. Ao final da operação, percebeu-se que o material tinha apenas papelão e fios de cobre. O local foi liberado por volta das 8h.
O incidente ocorreu a pouco mais de 200 metros do Palácio Piratini e pode ter relações com os protestos quase diários que têm sido feitos em rodovias para expor os baixos salários dos policiais militares e reivindicar aumento. O Gate também foi chamado a verificar se um artefato deixado ao lado de uma estrada em Santa Vitória do Palmar, na zona Sul do Estado, era verdadeiro ou não.
Desde o início de agosto, manifestantes anônimos queimaram pneus em pelo menos 50 trechos de rodovias do Rio Grande do Sul, sempre durante a madrugada. Além das fogueiras, eles costumam deixar faixas pedindo aumento salarial para os policiais.
A Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar chegou a assumir a autoria de algumas das primeiras manifestações, mas passou a recomendar a suspensão dos protestos desde que abriu negociações com o governo do Estado, ainda no final do mês passado. A categoria quer a elevação do piso de R$ 1,1 mil para R$ 3,2 mil até o final da atual gestão.

Governo apresenta contraproposta

Após o alarme falso, foi realizada uma nova reunião entre governo e entidades de classe. Os secretários da Casa Civil, Carlos Pestana, da Segurança Pública, Airton Michels, e da Coordenação de Assessoramento Superior do Governador, Flávio Koutzii, estiveram com líderes da Associação Beneficente Antonio Mendes Filho (Abamf) e da Associação dos Sargentos Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (ASSTBM).
Durante o encontro, os dirigentes sindicais sinalizaram a rejeição à proposta feita pelo governo durante o último encontro, que considerava o pagamento de um abono de R$ 300,00 sobre os vencimentos da categoria e a criação de 1.200 vagas para promoções dentro da corporação. Diante disso, o governo apresentou uma contraproposta, substituindo o abono por um reajuste no salário básico da categoria, dividido em duas etapas, outubro de 2011 e outubro de 2012.
No caso dos soldados, o reajuste acumulado seria de 23,5%, e no caso dos primeiros-tenentes, de 10,5%. As funções intermediárias receberão reajustes proporcionais entre esses dois índices. Além disso, foi proposta a ampliação do número de vagas para promoções para 2.800, sendo 700 ainda em 2011, 700 em 2012, 700 em 2013 e 700 em 2014.
Pestana enfatizou que a oferta não encerra a discussão. "Esta proposta é para atender a uma situação emergencial, pois entendemos que os salários da Brigada Militar estão muito aquém do que deveriam. Nosso compromisso de valorização gradativa continua de pé", enfatizou. Os dirigentes sindicais anunciaram que vão apresentar a contraproposta aos brigadianos e comprometeram-se a dar uma resposta nesta sexta.
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